A alta dos preços de alimentos pressionaram a inflação de julho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 0,43% em julho, após alta de 0,08% em junho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (8).
Os preços de alimentos subiram em julho em todo o mundo por causa da seca nos Estados Unidos, que afetou a cotação de commodities como soja e trigo. No Brasil, alguns alimentos frescos também subiram de forma atípica, como o tomate, que teve alta de 50,33% no mês passado. No Rio de Janeiro, o preço do tomate quase dobrou de um mês para o outro, atingindo variação de 94,18%. O segundo maior aumento do tomate, segundo o IBGE, foi em Porto Alegre, onde teve alta de 83,32%.
No acumulado em 12 meses, o índice acelerou para 5,20%. O resultado inverteu o movimento de desaceleração que vinha sendo observado desde setembro de 2011, quando o índice passou de 7,31% para 6,97% em outubro, mas ainda fica dentro da meta oficial do governo (de 4,5% pelo IPCA), com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Nesta semana, o mercado aumentou pela quarta vez seguida a perspectiva de inflação para 5% em 2012, segundo o Boletim Focus.
A alta da inflação ainda não chega a ameaçar a atual política de redução dos juros básicos do Banco Central, segundo analistas. O BC reduziu a taxa básica de juros (Selic) em oito reuniões seguidas desde agosto do ano passado, como parte de uma estratégia mais ampla do governo para aquecer a economia, derrubada pela crise na indústria e por altos custos de produção.
IPCA
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final, mostrando, assim, o aumento do custo de vida para a população. O indicador é divulgado mensalmente e é considerado o índice oficial de inflação do país.
Fonte: Uol.com
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