| Filme de Mario Rezende, lançado em 2002, faz referência aos 90 anos de nascimento do artista. Foto: Arquivo/DN/D.A Press |
A contribuição de Luiz Gonzaga para a música foi imensurável. Por trás dos palcos e da extensa discografia, debruçou-se na luta para alavancar a projeção da cultura nordestina no país. Para citar exemplo, distribuiu mais de 200 sanfonas e milhares de gestos de apoio fundamentais para revelar personagens da música brasileira. Dominguinhos, Waldonys, Arlindo dos Oito Baixos, Hildelito Parente e Zé de Manu são alguns artistas retratados no documentário As sanfonas do Lua, de Mario Rezende, lançado em 2002 em referência aos 90 anos de nascimento do artista.
Dez anos depois, a “devoção” continua. “Essa santona está enfadada, mas está viva”, disse o compositor Hildelito Parente, exibindo o instrumento doado pelo pernambucano. O registro cinematográfico será exibido nesta segunda-feira, às 22h, no Canal Brasil. Com imagens de Exu, terra natal do homenageado, o filme contempla depoimentos de artistas presenteados com uma sanfona, familiares ou amigos que conviviam com ele.
“Luiz Gonzaga é uma religião. O mestre Lua não morreu. Nasceu para a eternidade.” As sanfonas de Luaé introduzido com frases como as citadas. “Gonzaga distribuía sanfona para gente que achava que tinha talento. Foi o caso de Dominguinhos”, disse o baiano Gilberto Gil. Além de expandir o ritmo país afora, o gesto representava a noção que o pernambucano tinha das dificuldades enfrentadas pelo povo do Nordeste.(Diário de Pernambuco)
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