Essa é a posição do tio de Kevin, Jorge Ustarez, que também é advogado da família do garoto. Ele recebeu a Folha, nesta segunda-feira, na Prefeitura de Oruro, onde trabalha.
"À medida que o Corinthians financia os integrantes de sua organizada, que não são torcedores comuns que pagam ingresso para assistir aos jogos, o clube é responsável pelo que ocorreu", argumentou Jorge Ustarez.
O Corinthians nega que financie torcidas organizadas.
Jorge Abrego-23.fev.13/Efe | ||
Parentes e amigos de Kevin Espada participam do seu enterro em Cochabamba, na Bolívia |
Segundo Ustarez, os 12 corintianos não estariam presos na Bolívia se tivessem comprovado residência ou trabalho fixo no Brasil.
"Vivemos outra realidade aqui na Bolívia. Não temos torcida financiada por clubes, que pode viajar por vários outros estados e países."
Ustarez, que estava no estádio quando o sobrinho foi atingido pelo sinalizador, contou que Kevin não viajou apenas para ver o San José.
"Ele queria ver em ação o maior clube do mundo [Corinthians]", disse. "Um pai deveria ter a segurança de mandar um filho para um jogo e vê-lo retornar."
Como advogado de defesa da família, Ustarez questiona a maneira como ocorre o envolvimento dos diplomatas brasileiros no caso.
"Acho antiético a tentativa de ingerência da chancelaria brasileira no caso", afirmou. "O ministro [conselheiro da embaixada brasileira em La Paz, Eduardo Saboia] não deveria ter ido falar com o juiz e tentar influenciá-lo."(Folha.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário