Quatro Barragens estão em situação de colapso no Sertão pernambucano

A Barragem da Ingazeira em Venturosa, está apenas com 1,1% da sua capacidade

No interior do Estado, a situação de falta d’água é ainda mais grave. Das 40 barragens fora do Grande Recife, 16 estão em situação de colapso, das quais 13 estão zeradas. Os mananciais que abastecem os municípios de Buíque, Pesqueira e São Caetano estão zerados, já a barragem de Ingazeira em Venturosa ainda tem 1,1% de água. É o que diz o último boletim do monitoramento dos reservatórios, divulgado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). O governador Eduardo Campos quando esteve nos municípios de Carnaíba e Afogados da Ingazeira, que é uma das regiões mais castigadas pela seca, assinou ordens de serviço da ordem de R$ 26,8 milhões em ações de infraestrutura hídrica na área do Pajeú. Em discurso, disse que 440 barragens estão sendo construídas e que convênio para a construção de mais 660 será firmado com o governo federal.

“Alcançaremos a média de praticamente dez barragens para cada município, consolidando capacidade de acumulação equivalente a quase uma barragem como a de Jucazinho, que armazena 250 milhões de metros cúbicos, só que de uma maneira descentralizada e mais próxima das comunidades”, afirmou acompanhado pelo ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho.

Entre as medidas anunciadas, está à construção de 68 barragens de parede de terra, investimento de R$ 3,2 milhões e que vai beneficiar 3,4 mil famílias. Outras 100 barragens subterrâneas serão erguidas, num custo de R$ 1,6 milhão, prometendo melhorar a vida de mil famílias. O trabalho para a água chegar aos sertanejos será reforçado com a implantação de 119 sistemas de abastecimento de água domiciliar – beneficiando 4,8 mil famílias – e com a perfuração de 255 poços artesianos – o que amenizará o sofrimento de 5,1 mil famílias.

O secretário de Recursos Hídricos e Energéticos, Almir Cirilo, lembrou a gravidade da situação no Agreste, onde há quatro barragens em situação de colapso. “Nossa preocupação maior é porque já está configurada a redução da precipitação e nós não temos garantia de que haverá chuvas no Agreste”, comenta.

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