O governo
do Egito anunciou nesta quarta-feira (14) a imposição de estado de
emergência e toque de recolher por um mês no país, após os confrontos de rua
entre forças de segurança e manifestantes islamitas que mataram pelo menos 278
pessoas, segundo o Ministério da Saúde, e chocaram a comunidade internacional.
O estado de emergência começou às 16h locais (11h de Brasília).
A presidência pediu ao exército que ajude o Ministério do Interior a “impor a
ordem” no dividido país.
O toque de recolher vale para o Cairo em 11 províncias, de 19h
às 6h.
O massacre provocou repúdio internacional e levou o
vice-presidente interino do Egito, o diplomata e Nobel da Paz Mohamed
ElBaradei, a anunciar sua renúncia ao cargo pouco depois da implantação do
estado de emergência.
Crise
após golpe militar
Segundo a imprensa local, os confrontos seguem intensos na capital do país, cada vez mais afundado na crise política após a derrubada do presidente islamita Mohamed Morsi, no início de julho, por um golpe militar apoiado por parcela da população.
Segundo a imprensa local, os confrontos seguem intensos na capital do país, cada vez mais afundado na crise política após a derrubada do presidente islamita Mohamed Morsi, no início de julho, por um golpe militar apoiado por parcela da população.
Os islamitas pedem que Morsi, primeiro presidente eleito da
história do país, seja reconduzido ao cargo. Os militares descartaram,
acusando-o de não ter governado “para todos os egípcios” mas apenas para seu
grupo, a Irmandade Muçulmana, mas prometeram uma transição de volta à
democracia.
Vítimas
Segundo o Ministério da Saúde, 278 pessoas morreram mais de 1.403 ficaram feridas nos confrontos desta quarta.
Segundo o Ministério da Saúde, 278 pessoas morreram mais de 1.403 ficaram feridas nos confrontos desta quarta.
Em um comunicado separado, o Ministério do Interior falou que 43
policiais foram mortos.
O número de mortes deve aumentar, à medida que novos relatos de
violência em vários pontos do país continuam surgindo.
A Irmandade Muçulmana e a imprensa falam em até 600
mortos.
O grupo islamita também relatou que a filha de 17 anos um de
seus líderes, Mohammed al-Beltagui, está entre os mortos. Ela teria sido
baleada no peito e nas costas durante o avanço da polícia na praça de Rabaa
al-Adawiya.
Fonte: G1
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