Antônia Ferreira dos Santos sabe que as vidas dela e de
sua família jamais serão as mesmas desde o dia 10 de março, quando o filho
David dos Santos Sousa foi atropelado quando andava de
bicicleta na avenida Paulista. No acidente, o jovem de 21
anos perdeu o braço direito e ficou internado em estado grave por dias.
Entretanto, ela espera por Justiça.
A notícia de que o motorista Alex Kozloff
Siwek, acusado pelo atropelamento de David, não será julgado por tentativa
de homicídio com dolo eventual, como era o objetivo do
Ministério Público, mas sim pela 25ª Vara Criminal, como um caso de acidente de
trânsito, foi vista com muita tristeza por Antônia. Ela recebeu detalhes da
notícia pela reportagem do R7.
— É muito difícil e muito triste. Só em saber que ele
quase tirou a vida do meu filho...
No âmbito jurídico, ainda cabe recurso para
que o motorista seja levado a júri popular, conforme pediu a promotora Maria
Beatriz Goi Porto Alves na denúncia. Contudo, fontes consultadas pelo R7 consideram que a reversão de uma
decisão, acatada tanto em primeira como em segunda instância (tanto o juiz
Alberto Anderson Filho, da 1ª Vara do Júri da capital quanto os desembargadores
Breno Guimarães, Paulo Rossi e Vico Mañas não acataram o dolo apontado pela
Promotoria na denúncia), é bastante difícil, tanto no STJ quanto no STF, em Brasília.
O advogado de David, Ademar Gomes, declarou
que só aguarda a publicação do acórdão com todo o teor da decisão – o que,
segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo deve ocorrer até no máximo a próxima
semana – para entrar com um recurso.
O MP ainda deve estudar o teor da decisão para também se pronunciar. Já o
advogado de Siwek, Pablo Naves Testoni, disse à reportagem que a decisão de não
mandar o seu cliente a júri popular se deu pela “impossibilidade da Promotoria
em sustentar o teor da sua denúncia”.
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