Em São José do Belmonte, os trilhos cobertos por pedras servem de estrada para moradores. (Foto: Katherine Coutinho/G1) |
Quando as obras da ferrovia Transnordestina
começaram, em 2006, a previsão era que fossem concluídas em 2010. Porém, uma
série de entraves com desapropriações e alterações de projeto, além de questões
ambientais, fizeram o prazo ser estendido para setembro de 2016, segundo o
Ministério dos Transportes – totalizando dez anos de obra, em vez dos quatro
iniciais. Os adiamentos e a falta de informação fazem a população e empresários
do Sertão de Pernambuco, por onde os trilhos vão passar, não saberem o que
esperar do futuro.
Há três trechos ainda em obras. Em um deles,
entre Salgueiro e Suape, são previstos 306 quilômetros em obras, estando
prontas atualmente 55% da infraestrutura, 53% das obras de arte especial e 35%
da superestrutura.
"Suape receberia grandes navios, que
fariam o transbordo para navios pequenos e outros modais, e a ferrovia é um dos
fatores determinantes. Não existe no mundo um grande porto sem uma grande
ferrovia", aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado,
Márcio Stefanni.
O secretário informou que, ano passado, Suape
bateu o recorde de movimentação de cargas, com 12,8 milhões de toneladas. A
expectativa é que a ferrovia aumente essa circulação. "Junto com a
Refinaria [Abreu e Lima, obra da Petrobras], essa quantidade subiria,
inicialmente, para 30 milhões de toneladas", afirmou. (G1)
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