Um dos momentos mais polêmicos da cerimônia de abertura
da Copa do Mundo voltou a ocorrer no encerramento: vaias da arquibancada para a
presidente Dilma Roussef, convidada para a entrega da taça ao campeão, neste
domingo, no Maracanã, na final Alemanha x Argentina.
Ela havia recebido algumas vaias ainda durante o jogo vencido por 1 a 0 para os
alemães, mas um lance da partida acabou desviando a atenção dos torcedores.
Depois que acabou a partida, logo que sua imagem apareceu no telão, sofreu
muitas vaias do público. E ouviu um grito de "Dilma, vai tomar no
c..." durante os segundos em que ficou com a taça nas mãos, antes de
entregá-la ao capitão alemão, Lahm.
Dilma já havia sido vaiada e xingada em coro
por parte da torcida que compareceu ao Itaquerão, no dia 12 de junho, para o
Brasil x Croácia. E esse não foi a primeira vez. Na abertura da Copa das
Confederações de 2013, em Brasília, já havia passado por isso.
Depois do jogo de abertura, Dilma não foi a nenhuma partida mais da Copa do
Mundo. Após o jogo em São Paulo, afirmou que jamais deixaria se perturbar por
agressões verbais e xingamentos "que não podem sequer ser escutados pelas
crianças e pela família".
Dias antes de oficializar que participaria da
entrega da taça no Maracanã, afirmou que um eventual
"constrangimento" das vaias seria "ossos do ofício".
O Maracanã já havia sido palco de inúmeras vaias ao então presidente Lula na
abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Ouvia xingamentos a cada vez que sua
imagem aparecia no telão. Isso rendeu uma quebra de protocolo e ele optou por
nem fazer o discurso de abertura.
Já na Copa das Confederações, Dilma foi defendida pelo presidente da Fifa,
Joseph Blatter, que cobrou "fair play" da torcida. Dilma passou por
cima das vaias e foi seca. "Declaro oficialmente aberta a Copa das
Confederações 2013."
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