Do Portal G1 Brasília - Priscila Mendes
Líderes da base do governo e da oposição que
integram a CPI mista da Petrobras fizeram um amplo acordo nesta quarta-feira
(5) para evitar a convocação ou o convite de políticos tanto do PT quando do
PSDB. Em pauta, havia a convocação de nomes como os dos ex-ministros da Casa
Civil Antonio Palocci e Gleisi Hoffmann, além de tucanos como os senadores
Aécio Neves (PSDB-MG) e Álvaro Dias (PSDB-PR).
Antes de
abrir a reunião administrativa desta quarta-feira, os líderes partidários que
compõem a CPI mista se reuniram a portas fechadas por cerca uma hora e meia
para fechar o acordo. Dos 497 requerimentos que estavam pauta, eles decidiram
aprovar apenas os que não enfrentariam resistência por parte de nenhum partido.
Os
requerimentos polêmicos sequer foram colocados em votação, como os convites à
presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as
convocações dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo
(Comunicações), dos senadores Aécio Neves (PSDB), Álvaro Dias (PSDB) e Gleisi
Hoffmann (PT), dos tesoureiros do PSDB Rodrigo de Castro e José Gregori, do tesoureiro
do PT, João Vaccari Neto, do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, e do diretor
licenciado da Transpetro, Sergio Machado.
O relator, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que os líderes decidiram evitar a convocação de políticos por causa do prazo “exíguo” da CPI mista. O colegiado foi instalado em maio e tem duração prevista até 23 de novembro, mas deverá ser prorrogada até 22 de dezembro.
Entre os requerimentos aprovados nesta quarta-feira, está a convocação de seis pessoas consideradas pelo relator Marco Maia “laranjas” de suposto esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef.
Terão que
prestar esclarecimentos à CPI mista Marcio Andrade Bonilho, sócio da Sanko
Sider; o executivo João Procópio Junqueira; Marcelo Barboza Daniel, sócio do
genro de Paulo Roberto Costa; Waldomiro de Oliveira, da MO Consultoria; Saul
Sabbá, representante do Banco Máxima; Rafael Angelo Lopes, ex-funcionário da
GFD Investimentos e Meire Bonfim Poza, ex-contadora de Alberto Youssef e que já
prestou depoimento à CPI mista.
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