O Levantamento Rápido do Índice de Infestação
pelo Aedes aegypti (LIRAa) de outubro deste ano revela que 117 municípios
brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de
dengue, outros 533 em alerta e 813 cidades com índice satisfatório. A pesquisa,
que identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do
mosquito transmissor da doença, foi apresentada nesta terça-feira (4), pelo
ministro da Saúde, Arthur Chioro, e pelo secretário de Vigilância em Saúde,
Jarbas Barbosa. Na ocasião, também foi apresentado novo boletim da doença, que
mostrou redução de casos e óbitos neste ano em comparação com 2013.
Elaborado pelo Ministério da Saúde em
conjunto com estados e municípios, o LIRAa foi realizado em outubro deste ano
em 1.463 cidades. A pesquisa é considerada um instrumento fundamental para
orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais
de saúde anteciparem as ações de prevenção.
Durante a apresentação de hoje, o ministro
destacou que a queda expressiva nos números de casos e óbitos por dengue neste
ano se deve as medidas de prevenção adotadas pelo governo federal, pelos gestores
locais e sociedade. Chioro alertou, no entanto, que é preciso manter e reforçar
estas ações para combater, não apenas a dengue como o chikungunya. “As medidas
de enfrentamento e prevenção das duas doenças são as mesmas. Temos de
intensificar estas ações e prestar bem a atenção nas informações que o
LIRAa nos revela. Trata-se de uma ferramenta muito potente que nos dá
informações importantes”, observou. Ele explicou que os gestores municipais têm
informações qualificadas para atuar nos bairros com maiores índices de
infestação e os principais depósitos onde as larvas dos mosquitos foram
encontradas, as informações são do Portal de Dárcio Rabêlo.
O ministro destacou também a importância da
preparação e qualificação dos profissionais de saúde para o manejo clínico dos
pacientes com dengue e com chikungunya. “Todas as equipes de saúde que
atuam nas unidades básicas estão sendo orientados, por meio dos protocolos
clínicos, para que possam reconhecer os sintomas, tanto de dengue como
chikungunya”. Segundo ele, é preciso, também, que os profissionais fiquem
alertas para os sinais de agravamento da dengue – vômitos e dores abdominais,
que não estão presentes no chikungunya e que são fundamentais para o manejo
adequado do paciente, evitando o agravamento e o óbito por dengue”.
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