Política é a arte de aproveitar as
oportunidades. Mas certos partidos não perdem a oportunidade de perder uma
oportunidade. Foi o que fez nesta quinta-feira o PSB. Velho aliado de Lula e do
petismo, foi à sucessão de 2014 vestido de oposição —primeiro com Eduardo
Campos, depois com Marina Silva. No segundo turno, aliou-se à candidatura
sobrevivente do tucano Aécio Neves.
Pois bem.
Quando se imaginava que a legenda estivesse enfiada numa trincheira,
preparando-se para 2018, ela ressurge no alto do muro. Reunida nesta
quinta-feira (27), a Executiva do PSB decidiu: nem oposição nem situação.
Adotará a linha da “independência propositiva”, seja lá o que isso signifique.
O PSB
decidiu também proibir seus filiados de aceitar cargos no
governo de Dilma Rousseff. Uma proibição inócua, já que não veio acompanhada da
fixação de um castigo para quem desrespeitá-la. De resto, não há notícia de que
Dilma tenha a intenção de convocar alguém do PSB para sua equipe.
Oposição,
como se sabe, é oposição. O resto é armazém de secos & molhados. O PSB está
separado por uma letra daquele PSDB que já cansou até o tucanato. O perigo para
quem escala o muro é descer do lado errado.
Josias de Souza (Blog)
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