O Ministério
da Integração Nacional realizou, na semana passada, a última detonação dentro
do túnel Cuncas 1. A estrutura, a partir de agora, interliga o Estado do Ceará
à Paraíba, pelo Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Com
94,4% executado, o túnel Cuncas 1 é considerado o maior da América Latina para
transporte de água. A estrutura tem 15 quilômetros de extensão e seção de 9
metros de altura por 9 de largura.
Atualmente,
cerca de 300 profissionais trabalham na estrutura. Ao todo, mais de 1.600
profissionais contribuíram na construção desse túnel. O consórcio responsável
pelas obras adotou um sistema de perfuração com fogo controlado, conhecido como
novo método de tunelamento austríaco (NATM, sigla em inglês).
Durante os
trabalhos, a obra contou com uma moderna máquina importada da Finlândia para as
escavações – a perfuratriz hidráulica chamada Jumbo. Cada ciclo de detonações
ao longo de sua construção levou entre 12h e 15h. Foram empregados cerca de 700
quilos de explosivos em cada etapa. O avanço médio de cada ciclo foi de 4,5
metros de túnel escavado.
Os operários
foram distribuídos em quatro frentes de serviço simultâneas, nas duas
extremidades dos túneis (entrada e saída), e em mais duas frentes de serviço em
janelas de acesso intermediário. Na medida em que as perfurações avançavam, as
equipes se deslocavam em sentidos opostos até as escavações se encontrarem.
Além do
Cuncas 1, também faz parte do empreendimento o túnel Cuncas 2, já concluído,
com 4 km de extensão, que começa em São José de Piranhas e termina em
Cajazeiras, ambos os municípios na Paraíba.
Ao todo, o
Projeto de Integração do Rio São Francisco possui quatro túneis, sendo três no
Eixo Norte (Cuncas 1, Cuncas 2 e Milagres) e um no Eixo Leste (Eng. Giancarlo
de Lins Cavalcanti). O túnel Milagres, com quase 1 km, está localizado em
Penaforte (CE), e o túnel Eng. Giancarlo de Lins Cavalcanti (antigo túnel
Monteiro) liga Sertânia (PE) a Monteiro (PB) e possui 3 km de extensão.
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