A Secretaria Estadual de Saúde (SES) prorroga até o dia
31 de dezembro a campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo. Até o
momento, foram vacinadas 577.752 crianças entre 6 meses e menores de 5 anos de
idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) contra a pólio (92,36% de um total de
625.552) e 195.270 meninos e meninas entre 1 ano a menos de 5 anos contra o
sarampo (89,38% de 220.757). A meta é vacinar, no mínimo, 95% do público alvo.
Todos os postos de saúde estão abastecidos para fazer o atendimento dos
pequenos pernambucanos.
No caso da imunização de sarampo, não é indicado vacinar
crianças que estejam com infecções agudas e febre a partir de 38º. Meninas e
meninos com alergia a leite de vaca também não devem tomar a trípice viral
(sarampo, rubéola e caxumba).
HISTÓRICO DA POLIO – A poliomielite não é registrada no
Brasil há 25 anos. O último caso foi no município de Souza, na Paraíba, em
1989. Em Pernambuco, foi em 1988. Desde 1994, o Brasil recebeu o Certificado
Internacional de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovirus Selvagem.
No mundo, entre 2013 e 2014, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) registrou casos em dez países, como Camarões, Iraque, Nigéria e
Paquistão, os dois últimos considerados endêmicos. Só em 2014 foram 149 casos
da doença no mundo, sendo 117 no Paquistão.
HISTÓRICO DE SARAMPO – Em 2013, Pernambuco confirmou 202
casos de sarampo. Após uma intensa mobilização entre Estado e municípios, para
vacinação das crianças, o número reduziu para 24 em 2014, com casos confirmados
apenas no primeiro trimestre do ano. Antes disso, o último caso autóctone da
doença tinha sido em 1999.
A doença: O sarampo é uma doença infecciosa aguda,
causada por vírus, cuja transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de
secreções respiratórias, como gotículas expelidas ao tossir, falar ou respirar.
O período de incubação é, geralmente, de 10 dias, desde a data da exposição até
o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema (erupção
cutânea).
Sintomas: Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C,
exantema generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik
(pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao
exantema). A gravidade da doença varia segundo as condições socioeconômicas,
apresentando evolução severa em populações carentes, desnutridos, pacientes
vivendo em moradias superpopulosas, imunodeprimidos ou com tratamento de
imunossupressão. As complicações mais comuns são pneumonia, otite, doenças
diarreicas e neurológicas. Acomete principalmente crianças, com até cinco anos
de vida.
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