Após o PT ter dito que tentaria trazer cerca
de 30 mil pessoas para assistir à posse da presidente Dilma Rousseff nesta
quinta-feira (1º), uma fotografia panorâmica da praça dos Três Poderes no
momento em que Dilma discursava no parlatório mostra que o plano petista não
deu certo. O UOL fez uma contagem do número de pessoas
presentes no local e constatou que não passavam de 6.000 os que estavam
assistindo à presidente falar.
A contagem que o UOL fez tomou por base uma foto panorâmica
produzida pelo repórter Sérgio Lima, da Folha de S.Paulo, da praça dos Três
Poderes. Dentro dos limites da praça havia cerca de 4.200 pessoas. Na área
lateral a contagem não foi possível devido à copa das árvores, mas a reportagem
do UOL estava presente e constatou que havia
visivelmente menos da metade das pessoas nesse local em relação ao que havia na
praça. Numa estimativa generosa, o público total do evento ficou em torno de
6.000 pessoas no momento do discurso no parlatório.
A Polícia Militar do Distrito Federal tem um
cálculo diferente. Segundo a PM, cerca de 40 mil pessoas passaram pela
Esplanada dos Ministérios. De acordo com a corporação, esse público foi
reduzido a 20 mil pessoas na praça dos Três Poderes no final da tarde, durante
o pronunciamento da presidente. Questionada pelo UOLsobre a
discrepância dos números após a contagem, a PM não havia respondido até a
publicação deste texto.
Como comparação, em 2003, a posse de Luiz
Inácio Lula da Silva teve 71 mil pessoas presentes. Quatro anos depois, em
janeiro de 2007, o público foi de 10 mil pessoas. E, em 2011, quando Dilma
assumiu seu primeiro mandato, havia 30 mil pessoas na festa.
Para o líder do PT na Câmara, Vicentinho
(PT-SP), a baixa adesão dos militantes à festa de posse de Dilma Rousseff se
deu por uma conjunção de dois fatores: a data escolhida para a posse e a ampla
cobertura da mídia.
"Eu defendo que posse no dia 1º não é uma coisa boa. Precisam mudar essa data. Quem vem de longe acaba passando o Réveillon na estrada. É muito amor, viu? Além disso, muita gente não veio para acompanhar a cerimônia em casa, pela TV, internet, rádio", disse o líder.
"Eu defendo que posse no dia 1º não é uma coisa boa. Precisam mudar essa data. Quem vem de longe acaba passando o Réveillon na estrada. É muito amor, viu? Além disso, muita gente não veio para acompanhar a cerimônia em casa, pela TV, internet, rádio", disse o líder.
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