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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Caminhoneiros protestam contra exclusão na distribuição de carros da fábrica de Goiana


Cerca de 50 motoristas em 12 caminhões-cegonha realizaram, nesta terça-feira (24), um protesto no Centro do Recife contra a exclusão deles do projeto de distribuição dos carros produzidos na fábrica da Jeep/Fiat, que será inaugurada em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Segundo o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Veículos Automotores e Correlatos com a ANTT no Estado de Pernambuco (Sintrave-PE), há um acordo com a Fiat que autoriza a realização do transporte de parte dos veículos, mas a Sada, empresa que tem contrato de exclusividade com a montadora não aceita o acordo.

Com mais de 22 metros de comprimento cada, os caminhões causaram efeito cascata no trânsito do Centro - por volta das 8h, o site de mapeamento de tráfego Maplink registrava 95 quilômetros de congestionamento no Recife. Além do Bairro do Recife, os efeitos também foram sentidos em regiões da Boa Vista, Santo Antônio, São José e Derby. Segundo os sindicalistas, a expectativa é que o ato termine no Cais de Santa Rita - local onde se concentraram antes de percorrer ruas nas proximidades - por volta das 9h30.

De acordo com os sindicalistas, a Fiat apoiaria as demandas dos cegonheiros locais, mas a informação não foi confirmada pela empresa. “A gente quer trabalhar ou não quer?”, exortou a locução no microfone do carro de som que acompanhou a manifestação, “Queremos condições de trabalhar!”. Em frente a Praça da República, onde fica o Palácio do Campo das Princesas – sede administrativa do governo do Estado – os cegonheiros pediam a atenção do poder executivo estadual. Aos gritos de “Acorda, governador! Para o senhor ver o que estão fazendo com os trabalhadores pernambucanos”, pedindo intervenção do governo na prioridade da contratação de mão-de-obra na logística da fábrica da Fiat.

Segundo o vice-presidente do Sintrave-PE, Luciano Pontes, a intenção do ato não foi causar transtornos à população, mas sim chamar atenção à causa dos trabalhadores. “Nós tivemos uma audiência no Ministério do Trabalho com a Sada, que ficou de responder às nossas demandas. Mas não recebemos nada e a empresa foi à imprensa informar que seriam usados alguns trabalhadores daqui. A gente não quer a totalidade da logística, queremos apenas 50% do transporte da produção do Polo Automotivo”, explica.

( Do FolhaPE)

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