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quinta-feira, 19 de março de 2015

Meteorologistas da Apac concluem relatório oficial sobre água nesta quinta-feira


A escassez de chuvas no semiárido pernambucano deve ter índices ainda mais preocupantes nos próximos meses. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e lima (Apac), o volume de precipitações pode ser até 0% menor que o habitual entre abril e junho, prolongando o sofrimento de quem enfrenta o quarto ano consecutivo de seca. No mesmo período de 2014, as previsões apontavam até 30% abaixo do esperado. Os dados mais recentes são parte das conclusões de uma reunião de análise climática realizada na última quarta-feira (18) entre representantes de centros de meteorologia de vários estados do Nordeste. Os dados serão divulgados oficialmente nesta quinta (19).

Embora escassas, as chuvas devem ocorrer no Sertão, mas em pontos isolados e com longos intervalos, o que é insuficiente para melhorar a situação das cidades em colapso. Como a média de precipitações prevista para os próximos três meses é maior que as do início do ano, a defasagem, daqui para a frente, também deve ser mais elevada. “Os índices deveriam ficar entre 230 e 250 milímetros, em março, e chegar a uns 200, em abril”, detalha o gerente de meteorologia da Apac, Patrice Oliveira. “Já a média de janeiro é de 70, e a de fevereiro, de cerca de 100, em números aproximados. Por isso, na avaliação feita na época, eram previstas chuvas 30% abaixo do esperado. A situação não melhorou e, agora, esse percentual pode ser maior”, completa o meteorologista.

De acordo com as primeiras conclusões do grupo que se reuniu ontem, as poucas chuvas que ocorreram no Nordeste, em fevereiro, foram provocadas pela associação de um Vórtice Ciclônico, de uma Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e de um distúrbio ondulatório de leste. O comportamento dos oceanos, com a permanência de condições de neutralidade, também contribuiu para a ausência de chuvas. “As poucas que a gente percebeu no semiárido eram casos em que um município era atingido e o vizinho não, além de serem em poucos dias”, explica Oliveira. É o que informa a Folha de Pernambuco.

Já o Agreste, por estar situado entre a Zona da Mata e o Sertão, tem condições peculiares que ainda serão analisadas. As previsões do tempo na região devem ser divulgadas no relatório previsto para hoje.

Demais áreas - Para a parte leste do Nordeste brasileiro, o que inclui Região Metropolitana do Recife (RMR) e a Zona da Mata pernambucana, a previsão é de chuvas variando de norma a abaixo da média histórico entre abril e junho.

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