O Estado de Pernambuco está em alerta para o aumento das
notificações de casos de dengue neste início de ano, que vem apresentando
períodos de sol intercalados com chuvas, clima propício para a proliferação das
larvas e do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e da febre
chicungunha. Entre os dias 4 de janeiro e 21 de fevereiro, foram notificados
3.571 casos da doença (481 confirmações) em 115 municípios, um crescimento de
150,60% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram notificados 1.425
casos (431 confirmados). Em relação aos óbitos, quatro suspeitos estão em
investigação, contra 15 suspeitos (12 confirmados) em 2014, uma redução de 73%.
Em relação à febre chicungunha, Pernambuco não registrou
nenhum caso autóctone. Em 2014, foram quatro confirmações, todas importadas. Em
2015, dos 48 casos suspeitos, 39 já foram descartados e 9 estão sob
investigação. Entre os descartados, 14 deram positivo para dengue.
“O Estado ainda não está em situação epidêmica. Contudo,
temos que agir mais enfaticamente neste momento para evitar que os números
cresçam ainda mais. Para isso, a população precisa ficar vigilante e agir como
peça essencial nesse panorama, já que cerca de 90% dos focos do mosquito
transmissor da doença estão nas residências ou no seu entorno. Os pernambucanos
precisam eliminar esses focos do vetor e, principalmente, evitar que eles
apareçam”, frisa a coordenadora do Programa de Controle da Dengue e Febre
Chicungunha, Claudenice Pontes.
Desde o mês de novembro de 2014, quando foi lançado o
Plano de Contingência da Chicungunha e da Dengue 2015, que a Secretaria
Estadual de Saúde (SES) vem se mobilizando para combater os casos de dengue em
Pernambuco. Na área da assistência, estão sendo capacitados médicos,
enfermeiros e outros profissionais de saúde de Unidades de Pronto Atendimento
(UPAs), hospitais de grande porte, policlínicas, postos de saúde e
profissionais da Estratégia Saúde da Família.
“As UPAs e postos de saúde estão sendo responsáveis por
realizar o primeiro atendimento e encaminhar o paciente para a unidade que
tenha o perfil adequado para a necessidade dele. Por isso, é muito importante
que os profissionais que atuam nesse âmbito estejam aptos a realizarem o
diagnóstico correto, otimizando, assim, a assistência”, afirma Claudenice.
Em casos de suspeita de dengue, a coordenadora indica
procurar imediatamente uma unidade de saúde. “Neste momento, alguns pacientes
têm apresentado menor tempo e intensidade de febre, enquanto que as coceiras e
manchas vermelhas na pele têm ocorrido em maior proporção. Por isso, os médicos
precisam pedir o exame de sangue para confirmar a doença e manter os pacientes
hidratados, para evitar as formas com agravamento, que podem levar a óbito”,
frisa a coordenadora.
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