Depois de pelo menos
cinco anos vendo a BR-232 se degradar, o governo de Pernambuco começa a esboçar
reação ao problema. Iniciou em fevereiro último a elaboração do projeto de
restauração dos 130 quilômetros da duplicação entre o Recife e Caruaru, no
Agreste pernambucano, que se deterioram a olhos vistos. Não é muito, mas
já é alguma coisa. Ainda é uma radiografia dos principais problemas e sequer
existem recursos garantidos em caixa para as futuras e caras obras de
recuperação dos graves erros cometidos durante a execução da maior obra viária
realizada no Estado. Mas a elaboração do projeto, ao menos, significa dizer que
o governo resolveu sair da inércia em que permanecia enquanto a rodovia se
degradava.
Na prática, as
dificuldades estão apenas começando, já que estima-se, por baixo, que a
restauração da 232 custe aproximadamente R$ 200 milhões – quase metade do valor
gasto na duplicação (R$ 460 milhões). O que a Secretaria de Transportes do
Estado (Setra) iniciou foi o projeto que irá dimensionar esse custo. A previsão
é de que em novembro deste ano os pernambucanos saibam, ao menos, quais as
intervenções necessárias para corrigir os erros e vícios de construção que têm
transformado a BR–232, entre Recife e Caruaru, numa rodovia perigosa,
traiçoeira. Além disso, o governo pretende receber da União o dinheiro
investido na época com a privatização da Celpe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário