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terça-feira, 21 de abril de 2015

Calvário da BR-232 mais perto do fim

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Depois de pelo menos cinco anos vendo a BR-232 se degradar, o governo de Pernambuco começa a esboçar reação ao problema. Iniciou em fevereiro último a elaboração do projeto de restauração dos 130 quilômetros da duplicação entre o Recife e Caruaru, no Agreste pernambucano, que se deterioram a olhos vistos. Não é muito, mas já é alguma coisa. Ainda é uma radiografia dos principais problemas e sequer existem recursos garantidos em caixa para as futuras e caras obras de recuperação dos graves erros cometidos durante a execução da maior obra viária realizada no Estado. Mas a elaboração do projeto, ao menos, significa dizer que o governo resolveu sair da inércia em que permanecia enquanto a rodovia se degradava.

Na prática, as dificuldades estão apenas começando, já que estima-se, por baixo, que a restauração da 232 custe aproximadamente R$ 200 milhões – quase metade do valor gasto na duplicação (R$ 460 milhões). O que a Secretaria de Transportes do Estado (Setra) iniciou foi o projeto que irá dimensionar esse custo. A previsão é de que em novembro deste ano os pernambucanos saibam, ao menos, quais as intervenções necessárias para corrigir os erros e vícios de construção que têm transformado a BR–232, entre Recife e Caruaru, numa rodovia perigosa, traiçoeira. Além disso, o governo pretende receber da União o dinheiro investido na época com a privatização da Celpe.

“O que temos garantido são os recursos para o projeto de restauração, orçado em R$ 4,6 milhões. Não temos ainda previsão de quanto custará a restauração da rodovia, nem de onde iremos tirar os recursos. A duplicação da BR–232 foi feita com dinheiro do Estado, originário da privatização da Celpe, mas que até hoje não foi devolvido pela União. Isso porque a obra até hoje não foi recebida oficialmente devido aos problemas na execução”, explicou o secretário executivo de Transportes, Antônio Cavalcanti Júnior. O projeto de restauração foi licitado ainda em 2012, mas somente este ano houve a decisão de iniciá-lo.(Jc Online)

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