Pernambuco é famoso por
ser um grande palco para as mais diversas manifestações culturais, e quando se
trata do Sertão, os ritmos, as danças, músicas, crenças, artes, originalidade e
colorido são fortalecidos por quem apresenta e aplaudidos por quem assiste. Foi
com esse sabor cultural que a festa de aniversário de 15 anos da Feira Agroecológica
de Serra Talhada foi comemorada, no dia 13 de junho.
A partir das 7h, o grupo
de dança ‘Folha Outonais’ iniciou as comemorações com uma grande roda, em ritmo
de ciranda. Logo depois, a Praça Sérgio Magalhães foi palco para o espetáculo
“O Funeral de João de Rita”, que trouxe como reflexão os males do uso dos
agrotóxicos. Na sequência, o grupo Herdeiros do Xaxado, da Fundação Cabras de
Lampião, fez consumidores/as e participantes arrastarem as alpargatas para
dançar o ritmo divulgado no Nordeste pelos cangaceiros Maria Bonita e Lampião.
As famílias agricultoras
prepararam um delicioso café da manhã agroecológico para recepcionar cada um/a
que por lá chegava. E como junho é o mês das festas juninas embaladas pelo
tradicional forró pé de serra, no aniversário da FAST também não faltou. Além
das apresentações, houve debates sobre a importância de consumir produtos
livres de agrotóxicos, alertou o coordenador de Articulação do Centro de
Educação Comunitária Rural (Cecor), Manoel Barbosa dos Anjos.
“Forte é a força dessas
agricultoras e agricultores dos municípios de Serra Talhada, Santa Cruz da
Baixa Verde e Triunfo. São 15 anos lutando contra o uso de venenos e sempre a
favor da produção de alimentos saudáveis para eles/as e nós, consumidores/as.
Enquanto o Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o Brasil ocupa o
primeiro lugar no ranking de países que utilizam agrotóxicos, afirmando que já
ultrapassamos a marca de 1 milhão de toneladas por ano, essas 16 famílias fazem
a diferença no Semiárido Pernambucano. Por isso, parabenizamos e incentivamos à
FAST”, alertou Manoel.
E depois de várias
apresentações e reflexões, chegou a hora de cortar o bolo. As/os
aniversariantes receberam os parabéns muito felizes e com a certeza de que a
luta continua. “Precisamos comemorar com alegria. Não é fácil produzir
corretamente no campo, mas somos fortes e acreditamos na agroecologia”, disse a
agricultora Maria Silvolúsia Mendes.
No encerramento foi
realizado um bingo de um bode. A festa de aniversário contou com o apoio da
Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e das ONG’s: Cecor, Centro Sabiá e
Adessu Baixa Verde.( Kátia Gonçalves – Comunicadora Popular do Cecor)
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