
Os efeitos da crise
também chegaram na contratação de novos servidores públicos. Na manhã desta
segunda-feira, o secretário da Fazenda do estado, Márcio Stefanni, declarou que
o governo não deverá realizar novos concursos públicos até o final deste ano. A
justificativa foi a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O anúncio tira a
expectativa de quem vinha se preparando para uma seleção pública para a
Secretaria Defesa Social. Em maio deste ano, em comemoração aos oito anos do
Programa Pacto Pela Vida, o governador Paulo Câmara (PSB), chegou a declarar
que faria um concurso com 2.366 mil vagas para as polícias Civil e Militar.
“Não podemos (realizar
novos concursos). A Lei de Responsabilidade Fiscal veda porque já estamos no
limite prudencial”, declarou Márcio Stefanni. A declaração do secretário foi
dada logo após a reunião que governador Paulo Câmara realizou, na manhã desta segunda-feira,
com a cúpula do governo para avaliar os efeitos da crise. O governador não
falou com a imprensa, mas o estado deve economizar, só este ano, em torno de R$
960 milhões. Não há previsão, ainda, sobre quais os setores que serão afetados
com a medida.
Aos jornalistas, Márcio
Stefanni avaliou o cenário econômico e frisou que há pontos positivos dentro do
cenário de “crise”, a exemplo da medida do governo em manter o adiantamento do
pagamento do 13º salário dos servidores. Ainda de acordo com o secretário, não
há programação de cortes de funcionários. Porém, com a redução de gastos,
possivelmente, haverá uma redução no número de funcionários prestadores de
serviço na máquina pública. Os cortes oficiais ainda estão sendo estudados.
“A arrecadação nominal
de ICMS tem sido de 4%. Com a inflação aos 9%, ela tem caído. Hoje temos um ano
imprevisível”, completou Stefanni. O secretário deu outra notícia que não deve
agradar o funcionalismo público: neste ano, não haverá concessão de reajustes.
Novamente, a justificativa são as condições financeiras do estado em virtude da
Lei de Responsabilidade Fiscal.
Prioridades
Os cortes já estão sendo
sentidos, também, nos investimentos do estado. Em virtude do cenário adverso, o
governo de Pernambuco está priorizando as obras que não estão concluídas, como
os corredores de BRT no Grande Recife. A ordem é que novas construções só
deverão ser realizadas “quando houver novos recursos”.
Fonte: Diário de
Pernambuco
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