Uma família inglesa, do
condado de Wales, teve uma surpresa após o nascimento do seu segundo filho. É
que o bebê, um garotinho que hoje tem dois anos e meio, é portador de uma
síndrome rara conhecida como encefalocele. Esta condição descreve casos em que
o cérebro se desenvolve fora do crânio e, no caso do pequeno Ollie, o
desenvolvimento aconteceu mais especificamente dentro do seu nariz. Apesar de
não ter completado três anos ainda, Ollie já passou por diversas cirurgias de
alto risco, tudo isso na tentativa de ajudar o menino a respirar melhor. Em
entrevista ao Daily Mail, Amy Poole, mãe de Ollie, de 22 anos, contou que o
filho já chegou a ouvir diversos comentários preconceituosos por causa da sua
condição de saúde."É de partir o coração.
Uma vez, uma mulher me
disse que eu nunca deveria ter dado a luz a ele. Eu quase comecei a
chorar", desabafou. "Para mim, Ollie é perfeito. Ele é o meu Pinóquio
da vida real e eu não poderia ter mais orgulho dele". A primeira notícia
de que algo diferente estava acontecendo com o seu filho veio através dos
médicos de Amy durante uma ultrassonografia. Ainda na 20ª semana de gestação,
ela descobriu que algo de "inesperado" estava crescendo no rosto da
criança. Apesar dos avisos e da explicação médica, Amy ficou chocada quando viu
Ollie pela primeira vez, em fevereiro de 2014, após seu nascimento.
"Eu quase não
conseguia falar. Ele era tão pequeno, mas havia essa enorme bola do tamanho de
uma bola de golfe em seu nariz", contou ela, que tinha acabado de passar
pelo processo de divórcio com o pai do menino. "Em um primeiro momento, eu
não sabia se ia dar conta. Mas sabia que ia amá-lo não importava qual fosse sua
aparência". Pouco tempo depois, uma ressonância magnética provou que a
protuberância no nariz do bebê era causada por uma encefalocele. O nariz
continuava crescendo conforme o menino se desenvolvia, então os médicos
decidiram fazer uma cirurgia em Ollie para que ele pudesse respirar com mais
facilidade. A ideia era abrir o canal nasal da criança. Ainda em entrevista ao Daily
Mail, Amy falou sobre os medos envolvendo uma cirurgia tão invasiva. "Eu
fiquei com muito medo de deixá-lo passar por tamanha cirurgia. Ele era tão
frágil, e eu não conseguia nem pensar na possibilidade de perdê-lo",
desabafou. "Mas os médicos explicaram que deixa-lo daquela maneira
aumentava demais o risco de contrair infecções, e até mesmo meningite, caso ele
caísse e batesse o nariz, por exemplo.
Então, acabei
concordando com a operação". No futuro, o garotinho ainda precisará de
outras intervenções cirúrgicas, mas os médicos precisam fazer o acompanhamento
para analisar o desenvolvimento da criança. "Fazemos check-ups
regularmente, e as coisas estão indo muito bem. Ollie provavelmente nunca vai
ter a aparência normal de outras crianças, e tenho pânico só de pensar no que
ele vai ouvir na escola. Mas ele é um garoto tão adorável, é tão difícil não
gostar dele", comentou a mãe. Segundo Amy, apesar da condição médica rara,
ela considera o seu filho perfeito. "Até porque, não há nada de errado em
ser diferente", concluiu.
Fonte: Rede Brasil de
Notícias
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