Um recorde nada positivo para Pernambuco. Nesta sexta,
172 pacientes em situação de risco aguardavam um leito de UTI (Unidade de
Terapia Intensiva) para se tratar adequadamente, nos hospitais da rede pública
estadual. A informação é da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros,
Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps), que cobra providências ao Governo do
Estado. Cobrança também feita, nesta terça, pelo Conselho Regional de Medicina
(Cremepe) e Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) em encontro com o
governador Paulo Câmara. As entidades pediram a reabertura de 305 leitos
fechados em 16 unidades do Grande Recife em 2015 e contratação de 732 médicos
necessários para cumprir as escalas dessas unidades.
“O governador se comprometeu a nos apresentar um plano de
recuperação dos leitos e sobre a carência de médicos em 15 dias; garantiu que
iria retomar, de imediato, as obras de recuperação da estrutura e da emergência
do Hospital Getúlio Vargas (HGV); e disse que já tinha orçamento para
reestruturar a urgência do Hospital Otávio de Freitas (HOF), que está com um
processo de interdição ética em aberto por não conseguir dar conta da demanda -
esperamos que isso se resolva e não precisemos fechar o hospital”, afirmou o
presidente do Cremepe, Sílvio Rodrigues.
O médico se surpreendeu com a quantidade de pacientes a
espera de uma UTI. “É um número muito alto, leitos de UTI também foram fechados
e precisam ser reabertos”, disse. Segundo a Aduseps, a média diária estava em
130 pacientes. “Hoje são 154 adultos, nove crianças e nove recém-nascidos. Só
no Hospital da Restauração há 48 pessoas na fila e a unidade só dispõe de 29 leitos”,
informou o ouvidor da entidade, Carlos Freitas, acrescentando que iria acionar
o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). (JC)
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