Do G1 Petrolina
As delegacias de Polícia
Civil em Petrolina e Santa Cruz, no Sertão de Pernambuco, têm apresentado
estruturas defasadas, o que compromete a qualidade do trabalho de vsegurança da
população. As condições da infraestrutura dos prédios e a falta de equipamentos
são alguns dos problemas apresentados pelo sindicato da categoria.
Em Santa Cruz, a
delegacia funciona em uma casa emprestada pela prefeitura da cidade. Ela é
pequena e tem mofo e infiltrações nas paredes, além de teias de aranha em toda
a parte. Os veículos apreendidos ficam armazenados no quintal e muitos já estão
cobertos por plantas trepadeiras, que insistem em crescer no muro.
Alguns pacotes de
maconha, apreendidos em operações, se rasgaram e a droga está espalhada. Quem
está a trabalho durante o plantão precisa dividir o espaço de descanso com as
máquinas caça-níquel, que também foram apreendidas. A delegacia não tem
delegado desde que o titular foi transferido. Nenhum outro foi colocado no
posto. Fica a cargo do delegado que trabalha em Bodocó, a 76 quilômetros de
distância, resolver as demandas de Santa Cruz.
Além de não ter delegado
titular, o cargo de escrivão também está vago. O cartório da delegacia vive
fechado e os inquéritos estão parados há cerca de dois anos. Apenas um policial
fica no plantão por dia na função de investigador e uma única viatura funciona
na cidade de segunda a sexta-feira.
De acordo com o presidente
do Sindicato da Polícia Civil de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, há
também falta de materiais básicos de trabalho. “Está faltando papel. Muitas
vezes o delegado pede e não vem e ele tem que comprar do próprio bolso. Água
para beber, os policiais estão fazendo cota. Não tem colete a prova de bala
para proteger o policial que vai para rua fazer as investigações. Falta
material de limpeza básico”, disse o representante da categoria.
Esta situação deixa os
moradores cada vez mais amedrontados. O agricultor, Elói Luiz Alves, sente-se
inseguro com a falta de efetivo na localidade. “Todos os moradores se sentem
inseguros, porque não temos segurança. Vem um agente e fica até três dias e
depois vai embora. Depois vem outro e continua a mesma coisa”, disse.
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