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Suas conversas online
estão mais seguras. Pelo menos é o que promete o Whatsapp, que esta semana anunciou que implementou uma “criptografia
total”, decisão que aumenta a privacidade – mas que também pode
gerar conflitos com organismos de segurança. Ao adotar a codificação de
ponta-a-ponta, ou seja, entre o celular do remetente e do
destinatário, a empresa se exime de fornecer dados de conversas para órgãos da
justiça e polícia.
Não que a empresa, que
faz parte do Facebook, alguma vez tenha colaborado com qualquer
investigação. No ano passado, chegou a ser bloqueado pela
Justiça brasileira, a quem deve R$ 12,7 milhões em
multas. No início de março,o vice-presidente do Facebook no Brasil
chegou a ser preso por não ter repassado informações de mensagens que
circularam no aplicativo. Mas se antes ela se justificava dizendo que não
guardava as mensagens, apenas repassava, agora pode dizer que nem lê o conteúdo
(ou não tem como ler).
“Ninguém pode ver essa
mensagem. Nem os cibercriminosos, nem os hackers, nem os regimes opressivos.
Nem mesmo nós”, garantiu o Whatsapp, em mensagem oficial publicada no seu site.
“Muitos aplicativos somente criptografam mensagens entre você e eles próprios,
mas a criptografia de ponta-a-ponta do WhatsApp assegura que somente você e a
pessoa com que você está se comunicando podem ler o que é enviado. Tudo
isso acontece automaticamente: não é necessário ativar configurações ou
estabelecer conversas secretas especiais para garantir a segurança de suas
mensagens”, completa o comunicado.
A criptografia fez com
que o Whatsapp ganhasse pontos no ranking de segurança e privacidade da
Electronic Frontier Foundation (EFF), organização americana que milita pela
proteção dos direitos civis no mundo digital. O aplicativo agora conta com seis
estrelas: criptografia no trânsito das mensagens; os responsáveis pelo serviço
não podem ler as mensagens; usuário pode verificar e validar a identidade dos
contatos; os conteúdos das mensagens já enviadas ficam seguros; rotina de
segurança está apropriadamente documentada e o app passou por uma recente
auditoria no código.
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