Com uma grande Romaria
Diocesana que aconteceu na manhã desta quarta (12), Dia de Nossa Senhora
Aparecida, a diocese de Afogados da Ingazeira concluiu três momentos
significativos que marcaram este ano: o Jubileu da Misericórdia, as Santas
Missões Populares e a visita da Imagem Peregrina da Mãe Aparecida.
A concentração aconteceu
desde as cinco da manhã na Paróquia de São Francisco de Assis, em Afogados da
Ingazeira, em que a todo momento chegavam as caravanas das diversas paróquias
de diocese e logo em seguida, todos saíram em procissão com a Imagem Peregrina
até a Catedral onde aconteceu a Concelebração Eucarística presidida pelo bispo,
dom Egidio Bisol, e que contou com a participação de quase todo o clero da
diocese. Durante a Celebração, foram instituídos ao Ministério de Leitor, cinco
candidatos ao Diaconato Permanente da diocese.
Durante a homilia, o
bispo disse que a Imagem Peregrina visitou nossas comunidades ao longo de seis
meses. “Com certeza ela viu nosso rosto mais bonito, nossas flores mais
cheirosas, nossos acertos e vitórias, nossos compromissos... Mas com certeza,
como aconteceu em Caná, não escapou ao seu olhar de Mãe a outra face: nossas
fragilidades, nossas covardias, nossas divisões, nossas incoerências... Diante
das dificuldades ela nos aponta uma saída, a mesma que ela deu aos empregados,
como ouvimos no evangelho – Façam tudo o que Ele mandar -. Na oração que
fizemos no início da missa pedimos que pela sua intercessão o povo brasileiro
possa viver na paz e na justiça”, disse dom Egidio.
O bispo ainda falou que
a justiça é em primeiro lugar, cuidado com a vida, em todas as suas
manifestações, começando com a vida dos mais pobres e citou um trecho de Rubens
Ricúpero que diz: “Qualquer sociedade será julgada pela maneira como trata os
mais pobres, os mais frágeis, os mais vulneráveis. Esse é o sentido principal
da ação política”. O bispo fez um comentário a respeito desse trecho. “Mas não
parece esta a principal preocupação de muitos, menos ainda da maioria dos
servidores do povo no Congresso Nacional. Nestes dias estão decidindo sobre
limites nos gastos para saúde, educação... em nome da “salvação” da economia.
Os mesmos não tiveram igual cuidado quando trataram, poucos meses atrás, de
aumentar seus próprios salários. Não tem dinheiro para as necessidades básica
dos mais pobres, mas parece que se encontra dinheiro para outras finalidades...
Prática, aliás, rapidamente copiada também em outras instâncias... Sim, todo
mundo entende que a economia precisa ser recuperada urgentemente, mas não
podemos aceitar que isso seja feito à custa dos pobres”, disse.
Textos e fotos: Alyson Nascimento/Mais Pajeú
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