A Serra do Giz, em
Afogados da Ingazeira, é uma dos mais importantes sítios arqueológicos da
pré-história nordestina. São mais de 300 hectares de caatinga nativa que foram
adquiridos pela Prefeitura de Afogados da Ingazeira, com recursos próprios e o
objetivo de criação de uma área municipal de reserva ambiental.
Na noite desta quinta
(17), na câmara de vereadores, durante a posse do conselho municipal de defesa
do meio-ambiente, a empresa CEPAN (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste),
vencedora da licitação, apresentou o plano de trabalho para o estudo técnico
que irá transformar a Serra do Giz na segunda unidade municipal de conservação
ambiental de Pernambuco, a primeira em área. A apresentação foi feita pelo
Professor da Universidade Federal, Severino Ribeiro Pinto, coordenador da ação.
Segundo o Professor,
essa é uma iniciativa que merece todos os aplausos possíveis uma vez que apenas
1% da caatinga nativa em Pernambuco está sob preservação legal. Apenas nas
visitas preliminares à Serra do Giz, a equipe técnica identificou quatro
espécies ameaçadas de extinção.
Caracterização
ambiental, levantamento da fauna e da flora, diagnóstico fundiário,
levantamento geológico e a estruturação de um banco de dados geoespaciais (com
imagens de satélite de última geração) são algumas das atividades que serão
levadas a termo pelo estudo. Todos os resultados serão socializados em
audiências públicas. O prazo para conclusão é de seis meses.
Conselho de
meio-ambiente – fruto de um Projeto de lei encaminhado pelo Prefeito José
Patriota, e aprovado pela câmara municipal, o conselho é a primeira iniciativa
do gênero em Afogados e um dos poucos existentes na região. “Buscamos
atender a uma antiga reivindicação da sociedade. Espero que esse conselho possa
nos ajudar a construir soluções para enfrentarmos os graves problemas
ambientais que afetam a nossa sociedade, a exemplo do desmatamento de nossa
caatinga, a gestão dos recursos hídricos e a destinação de nossos resíduos
sólidos,” destacou Patriota.
O Prefeito mandou um
recado para quem joga lixo de forma irregular em áreas públicas, das quais a
mais emblemática é a antiga linha férrea. “Estou concluindo um projeto de
lei para criminalizar e punir quem joga lixo em áreas públicas. Quero tipificar
isso como crime ambiental, com sanções rigorosas para quem for flagrado,” concluiu.
O Conselho Municipal de
Meio-Ambiente conta com representantes da Prefeitura, Câmara Municipal,
COMPESA, IFPE, ONG’s, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, associações de
moradores, dentre outras representações da sociedade civil. Ao todo são 12
titulares, com o mesmo número de suplentes. A Presidência, nesse primeiro
mandato, será exercida por Elias Silva, ambientalista e assessor do governo
municipal.
A próxima reunião será
no próximo dia 23, no auditório da Secretaria de Educação, às 14h. Ficou
definido que todas as reuniões serão abertas à participação de qualquer cidadão
que se interessar pelo tema ou quiser contribuir com as discussões. Só não
terão direito a voto, prerrogativa dos conselheiros.
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