VEJA - Por Daniel
Pereira
O processo que pode
levar à cassação do mandato do presidente Michel Temer já tem 15 000 páginas e reuniu evidências que não
deixam margem a dúvida: dinheiro sujo, oriundo de múltiplos esquemas de
corrupção, foi usado para reeleger Dilma Rousseff (PT).
Parte dessas transações
já foi amplamente mapeada pela Lava Jato.
A outra parte vai
complicar a situação do peemedebista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
julgará ação que pede a cassação da chapa.
O relator, ministro
Herman Benjamin, decidiu requerer ao Supremo Tribunal Federal (STF) cópias dos
depoimentos dos executivos da Odebrecht tão logo suas delações sejam
homologadas.
Pelo que já foi
revelado, sabe-se que a empreiteira, além de comprometer Dilma e os petistas,
relatou ter feito doações clandestinas ao PMDB, a pedido de Temer.
Os dois partidos,
portanto, teriam se beneficiado fraternalmente do mesmo dinheiro ilegal,
alcançado os mesmos benefícios e praticado os mesmos crimes eleitorais.
O conjunto das
evidências de irregularidades ganhou um potente anexo na semana passada. Em
relatório ao TSE, a Polícia Federal disse que parte dos valores desembolsados a
gráficas pela chapa não resultou na prestação de nenhum tipo de serviço.
O dinheiro teria sido
desviado para pessoas físicas e jurídicas “em benefício próprio ou de
terceiros”. Colaborou Hugo Marques
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