A pouco mais de uma
semana de sua posse como novo presidente dos Estados Unidos, o bilionário
Donald Trump admitiu, pela primeira vez, que a Rússia está por trás da invasão
dos computadores do Comitê Eleitoral do Partido Democrata por “hackers”,
durante a campanha presidencial.
Ele também afirmou que
pretende iniciar imediatamente a construção de um muro separando o México dos
EUA e que o país vizinho vai "reembolsar" os custos com a obra.
"Eu não quero esperar um ano e meio até que eu faça o meu acordo com o México",
disse, ao comentar sobre a possível data do reembolso, explicando que o
pagamento será feito provavelmente através de um "imposto" e não pela
quitação em dinheiro.
Um momento de tensão,
durante a entrevista, foi quando Trump se negou a responder à pergunta de um
jornalista da rede de televisão CNN. "Sua organização é terrível. Quieto.
Calma. Não seja rude", disse Trump ao repórter.
Na primeira entrevista
desde que ganhou as eleições, transmitida ao vivo em rede nacional de televisão
do seu escritório na Trump Tower, no centro de Nova York, o magnata considerou
um "absurdo" as alegações, segundo ele infundadas, de que a Rússia
tem informações pessoais e financeiras comprometedoras sobre ele. "Isso é
algo que a Alemanha nazista teria feito", destacou.
Entretanto, ao admitir
que houve espionagem nos computadores do Comitê Eleitoral Democrata, ele disse
que não apenas a Rússia, mas também outros países fizeram ações similares.
"No que diz respeito à pirataria, acho que foi a Rússia, mas também acho
que fomos atacados por outros países, outras pessoas", disse Trump,
citando um suposto hackeamento (invasão de computadores) feito pela China.
No final de agosto de
2015, o Comitê Nacional Democrata e a empresa de cibersegurança contratada para
investigar o caso anunciaram que houve uma violação em seus computadores feita
por dois grupos de ciberespionagem. Segundo a CNN, um deles conseguiu entrar no
sistema do comitê do partido um ano antes da divulgação do fato e monitorou as
comunicações internas, incluindo as contas de e-mail. Outro grupo entrou no
sistema com um alvo apenas: a pesquisa dos democratas sobre o rival republicano
Donald Trump.
Obamacare
Trump também fez duras
críticas ao Obamacare, programa lançado pelo presidente Barack Obama que
expande a assistência médica para pessoas de baixo poder aquisitivo. Segundo
ele, o "Obamacare é um completo e total desastre", afirmando que no
novo governo, "haverá cuidados na área de saúde", mas não deu
detalhas sobre como isso será feito. Ele acrescentou que o sistema Obamacare
aumentou os prêmios dos planos de saúde e as franquias também ficaram mais
altas.
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