Mesmo após o anúncio de
um acordo firmado entre o governo do Espírito Santo e associações da Polícia
Militar, feito na noite de sexta-feira, o estado segue sem policiamento nas
ruas. Mulheres continuam acampadas em frente ao Quartel Central da corporação,
em Vitória, impedindo, assim, a saída dos militares.
O acordo previa que os
PMs estariam de volta às ruas às 7 horas da manhã deste sábado. Uma fila de
carros chegou a se formar na saída do batalhão e alguns policiais fardados
tentaram negociar com os familiares. Diante da negativa de liberar o portão,
carros e soldados voltaram para dentro do quartel.
Presidentes de três
associações ligadas à polícia militar e aos bombeiros assinaram, na noite de
sexta, documento que previa o fim da greve, que já dura mais de uma semana. A
negociação terminou sem reajuste salarial para a categoria, que pedia aumento
de 47%, mas o governo havia prometido desistir de ações judiciais contra as
associações, caso o acordo fosse cumprido. Agora, diante da continuidade do
motim, os policiais estão sujeitos ao indiciamento pelo crime militar de
revolta, que leva à expulsão e tem pena prevista de oito a 20 anos de prisão.
As mulheres dos PMs
dizem que as associações que firmaram o acordo não as representa, reclamam de
não terem sido convidadas para a reunião e reforçam que esse é um movimento dos
familiares, não de instituições.
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