José Romildo - Correspondente da Agência Brasil
Um juiz federal do
estado de Washington determinou nessa sexta-feira (3) a suspensão temporária do
veto do presidente Donald Trump para que refugiados e cidadãos de sete nações
predominantemente muçulmanas entrem nos Estados Unidos. Funcionários dos
departamento de Justiça e do Estado informaram que entre 60 mil e 100 mil
vistos já foram revogados como resultado da ordem de Trump.
Para adotar a medida, o
juiz James Robart aceitou os argumentos dos advogados dos estados de
Washington e Minnesota. A decisão caminha para que outros estados
processem Casa Branca por discriminar muçulmanos e causar prejuízos às famílias
dos que tentam ingressar em território norte-americano, mas são barrados por
funcionários da imigração.
Ações judiciais contra a
medida de Trump foram submetidas às cortes de todo o país. Grupos de defesa de
direitos humanos estão acompanhando e exercendo pressão para que haja logo
outras audiências na Justiça sobre o assunto.
A proibição para que
refugiados e cidadãos de nações muçulmanas entrem nos Estados Unidos foi
assinada há uma semana (sexta-feira, 27), por meio de uma ordem executiva, pelo
presidente Donald Trump. O veto provocou caos em vários aeroportos
norte-americanos por causa das filas, das detenções de passageiros e do
comparecimento espontâneo de milhares de pessoas que foram às áreas de
desembarque para protestar contra a medida.
Em entrevista, após a
decisão do juiz James Robart, o procurador-geral do estado de Washington, Bob
Fergusou disse: "Somos uma nação de leis; nem mesmo o presidente pode
violar a Constituição."
Os jornalistas não
conseguiram obter uma cópia da decisão do juiz e, por isso, não ficou claro
quando a suspensão do veto à entrada de refugiados entra em vigor.
A ordem de Robart
representa um grande desafio para a administração Trump, que terá de apelar
para um tribunal superior. Mas a decisão de Robart não derruba de forma
permanente a ordem executiva de Donald Trump.
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