Gustavo Maia
Do Uol, em Brasília
Centenas de índios que protestam pela demarcação de
terras indígenas tentaram entrar no Congresso Nacional na tarde desta
terça-feira (25) e foram impedidos pela polícia legislativa com bombas de gás
lacrimogêneo e spray de pimenta.
Durante o confronto, alguns manifestantes chegaram a
atirar flechas contra os seguranças. Uma grande faixa com a frase
"Demarcação Já" foi estendida pelos índios.
A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada e se
posicionou diante da sede do Legislativo. Homens do Batalhão de Choque estão no
gramado em frente ao Congresso, entre os manifestantes e o Parlamento.
Policial exibe flecha que teria sido lançada contra os
PMs
A SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito
Federal) informou que havia cerca de 2.000 índios no local, de acordo com o
policiamento da área.
Não há registros de feridos, mas um policial militar foi
atingido por uma flecha no bornal (um tipo de bolsa utilizada para guardar
objetos) que estava acoplado à sua perna.
Ainda segundo a SSP-DF, os policiais recolheram mais de
50 flechas lançadas contra os PMs.
De acordo com a secretaria, o confronto ocorreu porque
"os índios não cumpriram o acordo que fizeram com a PM-DF e invadiram toda
a avenida S1 e o espelho d'agua e ameaçaram invadir o Congresso
Nacional".
A Polícia Militar utilizou então gás e bombas de efeito
moral.
A SSP-DF informou que os policiais recolheram mais de 50
flechas
No salão conhecido como "chapelaria" da Câmara,
uma das principais entradas do Congresso, algumas vidraças foram substituídas
por tapumes na semana passada. Na última terça (18), manifestantes contra a
reforma da Previdência também adentrar o prédio.
Do plenário, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ),
presidente da Câmara, comentou o caso e disse que o Congresso foi alvo de
"coisas do passado, arco e flecha". Em seguida, exibiu no próprio
celular uma foto do confronto.
O deputado Vitor Valim (PMDB-CE) foi além e levou uma
flecha para o plenário. "Eu quero lamentar a violência dos índios contra
os policiais", declarou.
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