O Planalto liberou, nos últimos dois meses, R$ 1 bilhão
para projetos de emendas de parlamentares. O valor é 31% maior do que o mesmo
período do ano passado, quando Michel Temer ocupava o cargo de presidente
interino após afastamento de Dilma Rousseff.
Os pagamentos acontecem em meio à ofensiva de Temer
contra as acusações que lhe foram feitas pela Procuradoria Geral da República
(PGR) de corrupção passiva.
O levantamento foi feito pela Folha de S.Paulo no “SIGA Brasil”, sistema de informações do Orçamento Federal.
Todos os 594 deputados e senadores têm direito a
apresentar, anualmente, emendas individuais e coletivas ao Orçamento. Em geral,
os congressistas priorizam obras e investimentos em seus redutos eleitorais.
Para o Orçamento de 2017, cada parlamentar apresentou, individualmente, até 25
emendas no valor total de R$ 15,3 milhões.
Apesar de as emendas terem formalmente o caráter
“impositivo”, ou seja, de execução obrigatória, a real liberação do dinheiro
está sujeita a contingências políticas e administrativas.
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