Até o último dia 23.08, Pernambuco realizou 40
transplantes de coração. O quantitativo já é 5% maior do que todos os
procedimentos realizados no ano de 2016, quando foram transplantadas, de
janeiro a dezembro, 38 pessoas. No momento, apenas 2 pacientes estão em fila de
espera. No Estado, esse tipo de transplante é realizado no Hospital Português e
no Imip. Esse último é, no momento, o maior centro transplantador de coração do
Norte/ Nordeste.
“Pernambuco tem se destacado desde o início do ano no
número de transplantes de coração. Conseguir superar o número de procedimentos
de 2016 em menos de oito meses mostra que a população tem entendido a
importância desse ato e, com isso, tem autorizado a doação do órgão do ente
querido. Essa ampliação também é uma conjunção entre o trabalho das
Organizações de Procura de Órgãos, das equipes de captação e dos profissionais
transplantadores, que também estão absorvendo toda essa demanda crescente. Tudo
isso tem beneficiado e dado qualidade de vida aos pacientes que esperam por um
coração”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco
(CT-PE), Noemy Gomes.
A coordenadora ressalta que, quando um paciente recebe o
diagnóstico para um transplante de rim, ele tem na hemodiálise um meio de
sobrevida para aguardar o procedimento. “No caso do coração, não há nada que
substitua o órgão, sendo realmente uma luta contra o tempo para conseguir um
doador. Seguir todo o protocolo para confirmação da morte encefálica e para a
manutenção dos sinais vitais do potencial doador é fator decisivo para efetivar
a doação. Após a retirada do coração, existe um prazo de até quatro horas para
que ele seja transplantado, sendo necessária toda uma logística e um esforço de
todos os envolvidos para que o processo seja efetivado”, diz Noemy. Neste ano,
quatro pacientes faleceram em lista de espera antes de conseguir um doador.
RANKING – De acordo com levantamento da Associação
Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Pernambuco está em segundo lugar
no Brasil no número de transplantes de coração, atrás apenas de São Paulo. Os
dados são relativos ao primeiro semestre de 2017, quando foram realizados 28
procedimentos (19 em 2016 – aumento de 47%).
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