O forró, consagrado pelos nordestinos como um dos
principais ritmos que animam a cultura brasileira, poderá ser considerado
Patrimônio Imaterial do Brasil. O primeiro passo foi dado nesta quarta-feira
(18) em uma reunião da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do
Senado, em Brasilia, que discutiu formas de preservar este estilo.
Na reunião, foi aprovado um requerimento para realização
de audiência pública sobre a proposta. A iniciativa é da presidente da CDR,
senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que, durante o encontro, reforçou a
importância do forró. A senadora lembrou ainda que a Unesco já concedeu o
título de Patrimônio Imaterial da Humanidade ao frevo pernambucano.
“Assim como merecidamente já foi feito com o frevo, nós
queremos que a mesma coisa seja feita com o forró. Seria muito oportuno que a
Comissão fosse até a Paraíba como forma de a gente prestigiar toda essa
mobilização, porque defender o forró é defender uma das expressões mais
genuínas de identidade cultural do Nordeste e do Brasil”, disse a senadora em
entrevista à Rádio Senado.
A decisão da comissão, para o cantor e compositor
pernambucano Maciel Melo, chega com bastante atraso. “O forró já está
incorporado em nossa cultura. Reconhecer este ritmo depois de tantos anos é
como apagar da história Luiz Gonzaga, que foi um dos artistas mais importantes
para a consolidação do ritmo”, criticou.
O debate proposto pela senadora Fátima Bezerra deve
ocorrer no dia 20 de novembro durante o Encontro Nacional dos Forrozeiros, que
acontece na cidade de João Pessoa, na Paraíba.
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