O deputado Rodrigo Novaes (PSD) fez severas críticas, nesta segunda-feira (06), aos sucessivos aumentos no preço do gás de cozinha este ano, no plenário Governador Eduardo Campos. O parlamentar relatou que só em 60 dias foram ao todo quatro reajustes, acumulando uma alta de 15,58% no valor do botijão.
“O valor passou de R$ 55,54 para R$ 76,42 de janeiro a
outubro, e corre o risco de chegar a R$ 85 dependendo do revendedor. Isso
compromete o planejamento familiar, ninguém consegue se programar já que o
valor é alterado todo o mês”, afirmou Novaes. E completa: “Um sujeito que
recebe um salário mínimo, terá que separar 10% do orçamento para pagar o gás,
isso significa que os pobres podem voltar a usar o fogão a lenha”.
O vice-líder do governo desaprovou a mudança na política
de preços da Petrobrás para o gás de cozinha e considerou uma medida
desrespeitosa com o povo. “A justificativa dada pelo governo federal é
inconcebível. O cálculo é baseado na média mensal do preço do butano e propano
no mercado europeu, convertido em reais pela média diária das cotações de venda
do dólar, mais uma margem de 5%. Ou seja, o botijão irá virar um artigo de luxo
na casa dos cidadãos”, ressaltou.
O deputado fez um encaminhamento ao presidente da
Comissão de Desenvolvimento Econômico, deputado Aluísio Lessa (PSB), para realizar
uma reunião sobre o assunto com a presença da bancada federal pernambucana do
Congresso Nacional e os quatro ministros pernambucanos. “Precisamos fazer esta
movimentação geral e saber o que todos tem feito a respeito. Precisamos coibir
este aumento e a Petrobrás tem que compreender a real situação econômica do
brasileiro”, finalizou.
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