Um helicóptero que prestava serviços à Rede Globo
Nordeste caiu na manhã desta terça-feira (23) na Praia do Pina, na Zona Sul do
Recife. De Acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das
6h. Ao menos duas pessoas morreram. Chovia no momento da queda.
O helicóptero caiu nas proximidades da Avenida Antônio de
Góes, no Pina. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), até
às 6h50 desta terça-feira, duas pessoas que estavam dentro do helicóptero
morreram. Outra vítima foi encaminhada para o Hospital da Restauração (HR), na
área central do Recife. Três mergulhadores dos bombeiros realizam as buscas
pela aeronave que afundou no mar.
Morreram no acidente o comandante
do helicóptero, Daniel Galvão, e também o operador de imagens,
Miguel Brendo, foi socorrido e levado para o HR. Uma sargento da
Aeronáutico, identificada como Lia Maria Abreu de Souza, que
era supervisora da empresa dona do Globocop, também morreu. Ela havia
sido convidada na noite anterior ao acidente para realizar o voo.
A aeronave pertencia à empresa Helisae Helicópteros do
Nordeste. De acordo com a Globo, a empresa prestava serviços à emissora há mais
de 10 anos. O helicóptero teria passado por uma inspeção há uma semana.
Em seu site, a Helisae se descreve como uma empresa de
"fretamento de helicópteros, homologada junto a Agência Nacional de
Aviação Civil - ANAC para as atividades de: captação de imagens aéreas,
aerofotografia, aerofilmagem, aeroinspeção, aeroreportagem e aeropublicidade".
A empresa informa ainda que atua desde junho de 2005 e que atende a
"diversos grupos empresariais nos segmentos de petróleo, gás, geração de
energia, construção e órgãos governamentais".
De acordo com Wagner Monteiro, dono da empresa, a
manutenção do helicóptero "estava em dia". O empresário destacou
ainda que o piloto Daniel Galvão, que comandava a aeronave e que morreu no
acidente, era "extremamente experiente".
Em entrevista coletiva no Hospital da Restauração, Wagner
Monteiro explicou que a Heliase opera o Globocop há 15 anos. "Nunca havia
acontecido absolutamente nada", afirmou Wagner que também é comandante de
helicóptero. Ele estava na unidade de saúde buscando informações sobre o estado
de saúde do operador de imagens Miguel Brendo, de 21 anos, que é seu filho e
que também estava na aeronave no momento da queda. O jovem teve graves
ferimentos no abdômen e foi encaminhado para o bloco cirúrgico do HR.
"O helicóptero tinha acabado de sair de uma revisão.
A parte documental, a parte de manutenção, tudo em dia. Voamos há 15 anos,
então é realmente lamentável", afirmou Monteiro. O proprietário do
Globocop afirmou que voou pessoalmente na aeronave na última segunda-feira (22)
para realizar imagens para os jornais da manhã e do horário do almoço da Rede
Globo Nordeste. "Eu voei ontem o dia inteiro nesse helicóptero",
lembrou. Sobre o piloto da aeronave, Wagner Monteiro afirmou que Daniel Galvão
era "um cara extremamente experiente". O piloto também teria
cidadania americana.
Tragédia
Moradores da região
acordaram assustados com o barulho da queda. De acordo com o técnico em
alimentos, Davidson do Nascimento, 29, há a suspeita de que o piloto tenha
tentado pousar na faixa de areia. "Ele ia cair em cima das casas, o piloto
deve ter tentado pousar na areia, mas não conseguiu. Os moradores entraram no
mar para tentar retirar as vítimas. Muita gente estava gritando
assustada", detalhou. (JC Online)
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