Vem da cidade de Custódia, no Sertão do Moxotó, a história de Ivonete Resende, 46 anos. Mãe dedicada de dois filhos, a sertaneja não se apega as adversidades da vida e mostra, com sorriso no rosto, sua criação de cabras leiteiras em sua propriedade. É de lá que ela tira o sustento e mostra seu talento em manipular alimentos derivados do leite dos caprinos.
Dona Ivonete começou a testar em sua própria cozinha
receitas de iogurte, doces, queijo e requeijão. Seus familiares, amigos e
vizinhos foram os primeiros a testar os produtos naturais. O requeijão e os
doces vêm tendo uma grande aceitação e ela resolveu comercializá-los e mesmo
encontrando certa dificuldade na venda dos produtos in natura, ela não pensou
em parar. Muito pelo contrário: resolveu fazer cursos e tentar a criação de
novos derivados do leite.
Para isto, dona Ivonete conta com orientação dos extensionistas
do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), José Alencar e Tito Ferraz, dos
escritórios de Custódia e da regional de Serra Talhada, respectivamente. A
caprino cultora recebe atenção do IPA, órgão vinculado à Secretaria de
Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco (Sara), desde a década de 90.
Inicialmente a comunidade que Ivonete faz parte era
produtora de goiaba, banana, milho e feijão. Mas devido aos grandes períodos de
seca no Estado, ocorreu uma mudança no tipo de cultivo para a caprinocultura de
corte seguida de leite.
Hoje Ivonete está na busca pelo aumento de
comercialização e produção dos seus produtos naturais, com marca criada e tudo,
além de ser integrante da Associação de Agricultores do Sítio Brabo. A meta é
vendê-los nas exposições, feiras de produtos orgânicos, fora do Estado e do
país.
A sertaneja ressaltou a importância do IPA na nova etapa
da comunidade e que sonha com a ampliação da venda dos novos produtos. “Com a
ajuda do IPA nós organizamos melhor e assim tivemos que tentar outras formas de
vender nossos produtos e aumentar nossa renda. Isso agrega valor e ampliando
nossos ganhos. Tenho sonho de nossos produtos serem reconhecidos fora do Estado
e do país. Já que são naturais e sem conservantes”, disse a agricultora.
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