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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro,
atacou duramente na última quinta-feira o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). Disse que o documento deveria ser rasgado porque, na sua opinião,
estimula a “vagabundagem e a malandragem infantil”.
— O ECA tem que ser rasgado e jogado na latrina. É um
estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil — disse ele.
O assunto surgiu quando o candidato foi perguntado, em
entrevista coletiva, sobre a denúncia de racismo que foi liberada para ser
julgada no Supremo Tribunal Federal. Ao responder, Bolsonaro evitou tratar do
tema e passou a criticar a deputada federal Maria do Rosário (PT), que o
processa por ofensas. E disse que a deputada não votou para aprovar o projeto
que permite que menores de idade que praticassem crimes junto com adultos
fossem julgados como se tivessem mais que 18 anos de idade.
A declaração do candidato aconteceu no mesmo dia em que ele
pegou uma criança no colo e perguntou a ela se sabia atirar.
— Você sabe atirar? Atira! — afirmou ele, enquanto tentava
fazer com que o garoto apontasse o dedo imitando uma arma em direção ao
público.
O garoto, aparentando uns quatro anos de idade, usava um
uniforme da Polícia Militar. O diálogo entre o candidato e a criança foi
divulgado no site do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Criticado por Bolsonaro, o ECA considera crime “vender,
fornecer, ainda que gratuitamente, ou entregar, de qualquer forma, a criança ou
adolescente arma, munição ou explosivo”. A pena prevista é de três a seis anos.
Sobre a cena, o candidato afirmou:
— Encorajo, sim (o uso arma de fogo para crianças). Não
podemos mais ter uma geração de covardes, de ovelhas, morrendo nas mãos de
bandidos sem reagir. A realidade é muito diferente da teoria que está aí —
disse o candidato, durante entrevista coletiva em Araçatuba. Desde
quarta-feira, o presidenciável cumpre uma agenda em cidades do oeste paulista.
O presidenciável iniciou na quarta-feira, em Presidente
Prudente, uma agenda pelas cidades do oeste paulista. Com defesa das pautas dos
ruralistas, como a liberação de armas e tornar terrorismo a ocupação de terras,
Bolsonaro quer conquistar votos na região, tradicional reduto tucano.
Fonte: O Globo
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