Em novo sinal do avanço do sarampo, o Brasil já soma 1.053
casos confirmados da doença, patamar que não era registrado desde 1999.
Naquele ano, o país havia confirmado 908 casos, segundo
dados de série histórica do Ministério da Saúde, analisados pela Folha de
S.Paulo.
Um ano depois, já em cenário de redução da transmissão, o
país registrou apenas 36 casos confirmados, incluindo o último caso considerado
"autóctone" -nome dado aos casos adquiridos quando há transmissão
local e sustentada de uma doença.
Desde então, houve apenas surtos esporádicos, todos
relacionados a uma importação de vírus do sarampo de outros países. O
último desses surtos ocorreu entre 2013 e 2015, no Ceará e em Pernambuco.
Entre esse período, houve 1.310 casos. Deste total, 876
ocorreram em todo o ano de 2014, último pico da doença desde 2000.
Embora ainda menor que o último surto, a situação atual,
assim, já ultrapassa esse patamar comparado por ano. Também dá sinais de que
pode crescer, já que há ainda 4.576 casos suspeitos em investigação.
Segundo o ministério, os dados deste ano consideram o
período de fevereiro a 30 de julho, quando a doença voltou a avançar no país
desde a notificação do primeiro caso suspeito de sarampo em Roraima.
Na época, equipes de saúde atenderam a uma criança de
um ano vinda da Venezuela com quadro de febre, tosse,
exantema (manchas vermelhas), coriza e conjuntivite. Após
atendimento, o caso foi confirmado em exames.
Com o aumento na imigração e surto no país vizinho, outros
casos passaram a ser registrados. (Notícias ao Minutos)
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