Os bombeiros que trabalharam no que restou do prédio do
Museu Nacional na manhã dessa terça-feira (4) encontraram um crânio em meio aos
escombros. Ele pode ser de Luzia, o fóssil humano mais antigo da América. Um
grupo de especialistas vai analisar o material.
Um bombeiro que trabalhou no controle das
chamas contou que tentou resgatar Luzia, mas acabou ferido. Ao se
arriscar no museu em chamas, ele relatou o desespero ao abrir um armário e só
encontrar um ferro “incandescente”. Segundo ele, a alta temperatura do material
derreteu a luva que o protegia do fogo e queimou seus dedos.
“Fizemos um esforço gigantesco e conseguimos nos aproximar
e abrir o armário. Ao procurar Luzia, encontrei vazio e um ferro incandescente
que derreteu minha luva e queimou meus dedos. Doeu, muito. Saí da sala e
chorei. De dor? Não. De frustração,” destacou o soldado Rafael Luz.
A chuva durante a madrugada dessa terça-feira (4) ajudou a
apagar alguns focos de incêndio. Ainda assim, alguns deles voltaram a aparecer
por volta das 6h. Os agentes seguem de prontidão no local.
A Defesa Civil do Rio de Janeiro informou na
segunda-feira (3) que o local está interditado. Técnicos do órgão
identificaram que “existe um grande risco de desabamento, que pode ocorrer com
a queda de trechos remanescentes de laje, parte do telhado que caiu e paredes
divisórias do prédio”. Na área externa, no entanto, a avaliação destaca que
“devido à espessura das fachadas, não há risco iminente”.
Fonte: G1
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