Por falta de provas, a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, pediu o arquivamento de inquérito aberto no
Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar se o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) atuou em 2005 para maquiar os dados do Banco Rural entregues à CPI
dos Correios, que investigou o esquema do mensalão. O documento vai em sentido
contrário ao relatório finalizado em maio pela Polícia Federal (PF),
segundo o qual havia provas contra Aécio. Com o pedido da Procuradoria-Geral da
República (PGR), a tendência é que o relator do caso, ministro Gilmar
Mendes, determine o arquivamento.
A investigação teve origem na delação do senador cassado
Delcídio Amaral, que presidiu a CPI dos Correios entre 2005 e 2006. Ele contou,
em um dos seus depoimentos, que a quebra dos sigilos da instituição financeira,
envolvida no escândalo do mensalão, comprometeria políticos tucanos, entre eles
Aécio, que então era governador de Minas Gerais.
Para evitar que os tucanos aparecessem na investigação,
Aécio teria participado da articulação para maquiar os dados do banco
juntamente com o então vice-governador Clésio Andrade. A ponte entre Aécio e
Delcídio teria sido o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM), que na
época era deputado pelo PSDB e integrante da CPI. Quanto à suposta atuação de
Paes como emissário do ex-governador, a própria PF já tinha pedido o
arquivamento. Todos os acusados negam as acusações.
Fonte: O Globo
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