A ex-presidenta Dilma Rousseff foi ovacionada na abertura
do 8ª Conferência da Clacso (Conselho Latino-americano de Ciências
Sociais), que ocorre em Buenos Aires, com a participação de cerca de 30 mil
pessoas, segundo a organização. Dilma afirmou que daria “um testemunho do que
se passa no Brasil”. Para ela, o país entrou numa rota trágica, neoliberal,
neofacista e autoritária.
Questionada como se dará a resistência do povo brasileiro
diante desse cenário, a petista destacou que a “retirada sistemática de
direitos levará à reação popular”. “Acredito que o povo brasileiro tem uma
vantagem em relação aos momentos anteriores, sabe que foi possível no Brasil
crescer e distribuir renda e aumentar o atendimento dos serviços à população.
Ele vai perder isso. Já começou, com as declarações de Bolsonaro que levaram à
retirada dos cerca de 9 mil médicos cubanos”, disse.
Dilma lembrou que o país sofre com a falta de médicos
nacionais nas periferias e comunidades indígenas. “Utilizaram critérios
ideológicos sobre uma política social de governo. É uma catástrofe. Antes de
começar, o governo já provoca uma tragédia social.”
Para a ex-presidente, Bolsonaro traz “ao mesmo tempo uma
proposta de governo que se caracteriza por um alinhamento submisso aos EUA e
claro corte neoliberal de retirada de direitos e destruição do Estado”.
Fonte: Fórum
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