Estadão Conteúdo
Além dos mais de 8,3 mil cubanos que deixarão o País até o
fim do ano, o Brasil corre o risco de perder outros 3,3 mil profissionais do
Mais Médicos caso o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), cumpra a promessa
de exigir revalidação do diploma de todos os médicos do programa. Esse é o
número de participantes chamados de intercambistas, ou seja, brasileiros
formados no exterior ou estrangeiros de outras nacionalidades que também foram
dispensados da revalidação do diploma para atuar no País.
Em entrevista coletiva dada na quarta-feira, quando Cuba
anunciou a saída do Mais Médicos, Bolsonaro afirmou que o Revalida será cobrado
de todos. "(De) qualquer profissional de saúde trabalhando no Brasil,
exigiremos uma prova de que realmente são competentes, conhecida como
Revalida."
Nesta sexta-feira, 16, a Defensoria Pública da União (DPU)
protocolou, junto à Justiça Federal, ação civil pública em que pede ao governo
federal a manutenção das atuais regras do Mais Médicos e a abertura do programa
a estrangeiros de qualquer nacionalidade. Segundo a DPU, o objetivo é evitar
que a população seja prejudicada.
O presidente eleito não deixou claro, porém, se esses profissionais
já seriam suspensos do programa assim que o novo governo tomar posse ou se
poderiam continuar trabalhando até passar pela prova, que costuma ocorrer uma
vez por ano.
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