O deputado federal Danilo Cabral (PSB/PE) reuniu-se, nesta
terça-feira (26), com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Tereza Cristina. Na ocasião, foi debatido sobre o antidumping do alho e do
leite e entregue um documento com sugestões de medidas ao Poder Executivo para
o incentivo à produção leiteira no país, garantindo a permanência e ampliação
do número de agricultores na atividade e a segurança alimentar.
“Uma das sugestões apresentadas é a criação de uma política
de garantia do preço mínimo do leite, além da política de crédito e do fomento
da pesquisa e desenvolvimento”, relatou Danilo Cabral. Ele ressaltou que o
documento é mais amplo e que aborda outras questões relacionadas à agricultura
familiar. Também esteve presente à reunião o presidente da Frente Parlamentar
em Defesa da Agricultura Familiar, deputado Heitor Schuch (PSB/RS).
No início de fevereiro, o governo do presidente Jair
Bolsonaro parou de cobrar a sobretaxa antidumping sobre o leite em pó importado
da União Europeia e da Nova Zelândia, que estava em vigor desde 2001. A medida
gerou grande reação dos produtores brasileiros, o que fez o governo voltar
atrás no último dia 12, aumentando o imposto de importação de leite em pó da
União Europeia para compensar a decisão anterior.
Para o deputado Danilo Cabral, a decisão atinge diretamente
os produtores de leite, principalmente no Agreste pernambucano, que reclamam do
fim da sobretaxa. “Isso pode causar um agravamento de uma crise no setor, visto
que os produtores também alegam dificuldades em competir no mercado”, explicou
o parlamentar.
Logo após a primeira decisão do governo, produtores
realizaram um protesto na PE-218, em Bom Conselho. “Não podemos ficar imunes
enquanto a população do agreste passa por uma crise leiteira há quatro meses.
Está inviável produzir leite no estado, lembrou Danilo Cabral.” Cenário que se
repete, como destacou o deputado, em outras regiões do país. O deputado foi
procurado por produtores pernambucanos para defender os interesses do setor na
Câmara Federal.
A ministra Tereza Cristina pontuou que as tarifas estão
sendo ajustadas e que o governo está ciente da situação. Além disso, informou
que a questão está sendo tratada junto à Organização Mundial do Comércio (OMC)
e que enquanto não tiver definição, o governo vai monitorar diariamente para
preservar a bacia leiteira nacional.
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