Estadão Conteúdo
Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o
governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defendeu que a reforma da
Previdência a ser apresentada ao Congresso valha também para os servidores
estaduais. Segundo ele, Guedes deve apresentar o texto definitivo da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) aos governadores no dia 20 de fevereiro.
De acordo com Paulo Câmara, o Estado de Pernambuco teve um
déficit de R$ 2,6 bilhões com a Previdência dos servidores estaduais em 2018,
mesmo com uma alíquota de 13,5% de recolhimento de contribuição previdenciária
da categoria. "Na minha opinião, essa discussão tem que ocorrer no
Congresso. É melhor unificar do que cada assembleia precisar aprovar a sua
reforma", avaliou o governador.
Questionado se seu partido pode não apoiar a aprovação da
reforma por ser oposição ao governo, Câmara disse que há questões pontuais,
como a aposentadoria rural e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que
precisam ser mais bem discutidas, mas considerou que a reforma é necessária não
só para o País, mas também para as contas dos Estados. "A reforma precisa
ser feita", disse o governador.
PACTO FEDERATIVO
Câmara disse que, além da Previdência, Guedes também falou
sobre a proposta de um novo pacto federativo, com a descentralização dos
recursos da União e o aumento dos repasses para Estados e municípios.
"Achamos que o momento de fazer esse novo pacto é agora, ainda no primeiro
ano de governo", disse.
O governador ainda aproveitou a reunião para tratar da
liberação de operação de crédito com o aval do Tesouro Nacional para
Pernambuco. Segundo ele, foram autorizados R$ 600 milhões em empréstimos ao
Estado em 2016, mas apenas R$ 340 milhões foram contratados porque o governo
pernambucano perdeu a nota de rating em 2017 em decorrência de mudanças feitas
pelo Tesouro nos critérios para a concessão de garantias aos Estados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário