Estadão Conteúdo
Reunidos nessa quinta-feira (14), em São Luís (MA), oito
governadores e um vice-governador de Estados do Nordeste aprovaram um documento
conjunto no qual defendem a necessidade de uma reforma da Previdência, mas
fixam discordâncias pontuais em relação à proposta apresentada pelo governo
federal.
Na carta, os mandatários dizem que a reforma é um
"debate necessário para o Brasil", mas defendem que sejam retirados
do texto propostas como a adoção de um regime de capitalização,
desconstitucionalização e medidas que afetem aposentados rurais, por invalidez
e pessoas em situação de extrema pobreza.
"Consideramos que se trata de um debate necessário
para o Brasil, contudo posicionamo-nos em defesa dos mais pobres, pois o peso
de déficits não pode cair sobre os que mais precisam da proteção
previdenciária", diz a carta.
O grupo é formado majoritariamente por governadores de
partidos de oposição ao governo Jair Bolsonaro. Quatro deles são do PT (BA, CE,
PI e RN), partido que se posiciona abertamente contra a reforma.
Na quarta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), disse que o apoio dos governadores de oposição é
"fundamental" para a aprovação da reforma, pois "ninguém acha
que o Congresso vai aprovar matéria dessa importância sem os partidos de centro-esquerda".
Segundo o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B), é
preciso tirar as questões ideológicas do debate para que a reforma possa andar
no Congresso. "Queremos separar o joio do trigo no debate público do
Brasil. Achamos que está muito contaminado por agendas erradas e procuramos
apontar um caminho. Vamos discutir reforma da Previdência? Vamos. Queremos que
a proposta avance, mas não concordamos com a capitalização, BPC de R$ 400, com
a aposentadoria para trabalhador rural", disse ele.
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