Lorenzoni era o interlocutor de Bolsonaro na conversa e
disse que o comentário do mandatário, que gerou mais uma crise para o governo,
ocorreu porque esses governadores "são muito agressivos com o governo e
com o presidente, partindo até para o campo pessoal", criticou, em
entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (24), à Rádio Gaúcha.
A despeito do endosso às críticas de Bolsonaro e da crise
desencadeada pelos polêmicos comentários, considerados ofensivos a todos os
nordestinos, porque Bolsonaro os classificou de "paraíbas", Lorenzoni
disse que tudo isso "faz parte do jogo político" e que não haverá
nenhuma espécie de boicote do governo federal a esses entes federativos.
Na entrevista à rádio, Lorenzoni disse que o presidente,
antes de tomar posse, já havia pedido desculpas pelas "eventuais
caneladas" que deu quando ainda era deputado federal, e que o presidente
da República, nos comentários feitos na última sexta-feira, não quis se referir
ao Nordeste de forma pejorativa quando falou dos "paraíbas".
"O presidente estava se referindo especificamente aos
governadores dos Estados da Paraíba e do Maranhão", reiterou o ministro da
Casa Civil. E partiu para o endosso das críticas: "estes dois,
principalmente, têm um discurso em Brasília e outro em suas bases".
Lorenzoni assegurou, no entanto, que não há nenhuma
intenção da gestão federal represar recursos aos Estados citados e que há o
compromisso do governo em "fazer o pacto federativo, sem fechar as
torneiras, inclusive ao Maranhão", cujo governador Flávio Dino foi
classificado por Bolsonaro como "o pior deles (governadores
nordestinos)". Por: Agência Estado
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