A morte de abelhas está preocupando criadores e
agricultores do vale do São Francisco, no sertão de Pernambuco. Petrolina é um
importante município produtor e exportador de frutas e o inseto tem um papel
fundamental na atividade.
De acordo com a Associação dos Criadores de Petrolina, há
três anos, os 32 associados conseguiam produzir mais de trinta toneladas de mel
por ano. Atualmente, a produção não chega a vinte toneladas.
Os agricultores da região sabem que sem as abelhas não há
produção, já que elas são as responsáveis pela polinização de 80% dos frutos
que saem da região.
A preocupação com o sumiço das abelhas foi trazida também
para o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (CEMAFAUNA). Os
pesquisadores avaliam o que pode estar causando a morte dos insetos. Foram
coletadas abelhas mortas e também mel de diversas colônias da região para
realizar o estudo.
A pesquisadora da Universidade Federal do Vale do São
Francisco (UNIVASP) Aline Andrade e Silva, responsável pelo estudo, afirma que
os produtores rurais e criadores de abelhas precisam discutir a questão.
"Várias coisas podem estar acontecendo. Pode ser mudanças climáticas, pode
ser em função da supressão da vegetação, pode ser também o uso de agroquímicos.
Nós encontramos resíduos de pesticidas tanto nas abelhas quanto no mel",
explica Aline.
O Ministério público de Pernambuco também está investigando
o caso. Fonte: NE10
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