Ao divulgar pelo Twitter ações de combate a focos de
incêndio na região da Amazônia, o ministério da Defesa misturou uma foto antiga
com imagens novas feitas nesse sábado (24). As mensagens foram compartilhadas
pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na primeira postagem, feita por volta das
16h, o ministério publicou uma foto de uma aeronave soltando água em cima de
uma região com fogo, o que dava a entender ser relacionada com a ação atual.
"Nosso papel é atuar em prol da nação. Mais de 43 mil militares das Forças
Armadas reforçam ações de combate a incêndios na #Amazônia", escreveu a
Defesa no post. A mesma imagem, no entanto, aparece também vinculada a uma notícia
de novembro de 2015, sobre o trabalho realizado para conter chamas na Chapada
Diamantina (BA).
Por volta de 17h, Bolsonaro pegou a mesma foto com parte do
texto e compartilhou em sua conta no Twitter. Mais tarde, por volta das 18h, o
ministério usou de novo a rede social para divulgação das ações na região da
Amazônia, dessa vez com imagens feitas na tarde deste sábado. "A @portafab
[conta do Twitter da Força Aérea Brasileira] emprega, a partir de hoje (24/08),
duas aeronaves C-130 Hércules no combate aos focos de incêndio na #Amazônia,
partindo de Porto Velho (RO). Confira a ação", texto que aparece
acompanhando o vídeo postado, que Bolsonaro também compartilhou em sua rede. A
assessoria de imprensa do ministério confirmou que a primeira foto postada era
antiga e disse que foi usada de forma "meramente ilustrativa", para
tratar sobre uma atividade que ainda iria ocorrer. A imagem faz parte de um
banco de dados da FAB (Força Aérea Brasileira).
Na última quinta (22), o presidente da França, Emmanuel
Macron, usou uma foto antiga para falar sobre a disparada no número de
queimadas na Amazônia. A imagem foi feita pelo fotojornalista da National
Geographic Loren McIntyre, que morreu em 2003, nos EUA. McIntyre era um
explorador, que inclusive dá nome a uma das nascentes do Rio Amazonas, a Lagoa
McIntyre, no Peru.
Bolsonaro assinou na tarde de sexta-feira (23) um decreto
de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que autoriza o emprego das Forças Armadas
na Amazônia. De acordo com o documento, militares poderão atuar em "áreas
de fronteira, terras indígenas, unidades de conservação ambiental e em outras
áreas da Amazônia Legal". Por: FolhaPress - FolhaPress
Nenhum comentário:
Postar um comentário