Em carta aberta à população, divulgada neste domingo (24),
véspera do início das mobilizações dos petroleiros por empregos e segurança no
Sistema Petrobrás, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos
denunciam o desmonte da companhia e alertam para os prejuízos à população com o
projeto do governo Bolsonaro de privatização da estatal.
Segundo a FUP, o governo opera o enfraquecimento da estatal
implementando a diminuição da atividade de refino, a venda de subsidiárias, a
política de preços vinculados ao dólar e o plano em curso de vender 8 das 15
refinarias da Petrobras. Além da precarização da mão de obra e da demissão de
milhares de trabalhadores vinculados ao Sistema Petrobras.
Leia a íntegra do documento
A Petrobrás é do Brasil. A Petrobrás é sua
Os brasileiros sabem da importância da Petrobrás e têm
orgulho do crescimento e do desenvolvimento social e econômico que a empresa
traz para o País. São pessoas que reconhecem a presença da Petrobrás no seu
dia-a-dia. O petróleo da Petrobrás está no transporte de carros e ônibus. Está
nos caminhões que cruzam o Brasil, levando as mais diversas cargas, dos
remédios aos alimentos; do eletrodoméstico às matérias-primas. Está presente
também nos fertilizantes usados para produzir a comida que vai para a mesa,
roupas que usamos, peças de eletrônicos, celulares e computadores.
Contudo, sem dar ouvidos à opinião pública, a atual gestão
da Petrobrás vem implementando um processo gradual de enfraquecimento da
companhia. Um importante sinal disso é o brutal corte de trabalhadores, o que
contribui para as altas taxas de desemprego do Brasil. Em cinco anos, um em
cada quatro trabalhadores da Petrobrás foi desligado da empresa. Entre os
terceirizados foram dois em três. São mais de 270 mil pessoas que perderam seu
trabalho. Considerando suas famílias, podemos falar em mais de 1 milhão de
pessoas atingidas.
Esse imenso corte de trabalhadores coloca em risco toda a
sociedade, por aumentar também as chances de graves acidentes. Os brasileiros
ainda não se esqueceram da P-36, então a maior plataforma do mundo, afundando
no mar com 11 mortos. E os vazamentos de petróleo e combustíveis que já
ocorreram no País não foram piores justamente porque a Petrobrás desenvolveu
experiência, investiu em pessoas e capacitou recursos humanos para responder a
incidentes com a devida rapidez.
A Petrobrás ainda vem sendo atacada em outras frentes. Na
redução da atividade de refino, diminuindo a produção de gasolina e diesel no
Brasil e aumentando a importação desses combustíveis, a preços mais altos. Na
venda do controle da BR Distribuidora, a maior distribuidora de combustíveis do
País. Na venda de outros ativos, como campos de petróleo, termelétricas,
fábricas de biodiesel e fertilizantes, transportadoras e distribuidoras de gás.
Sem falar nos planos de vender oito das suas 15 refinarias.
Nós, petroleiros e petroleiras, estamos mobilizados para
mostrar o desmonte hoje em curso na Petrobrás e destacar essa agenda, que é da
maioria da sociedade brasileira. (Blog do Esmael)
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